Entrevista Robinson Faria à Rádio Cabugi do Seridó – 10 de agosto de 2014

Rádio Cabugi – Qual a avaliação que o Sr faz da sua vista a região Oeste?

Robinson Faria – A melhor possível, ultrapassando todas as expectativas, o Oeste surpreendeu positivamente. A caravana da liberdade teve um roteiro muito intenso, tinha dia que chegava a ser 10 cidades. Mas, cumprimos o desafio. Encontramos o apoio da população na nossa caminhada da resistência, as pessoas com o símbolo da campanha que é o 55, com as duas mãos palmadas pra cima. Então estou muito feliz, passamos praticamente 2 semanas pelo médio e alto Oeste. Eu diria que o Oeste hoje está realmente caminhando com Robinson Faria.

O Sr chegando ao governo, qual o problema mais grave a ser enfrentado na situação atual do estado?

Eu gosto muito de visitar as cidades, independente de eleições, gosto de viver o cotidiano das pessoas, pelo fato de ter essa proximidade com as pessoas me tornei o mais votado por várias vezes.  Gosto do dialogo, ouvir sugestões. O fato de está em uma nova caminhada, agora para governador, você escuta aqueles pleitos que diz respeito ao governo do estado. As pessoas estão deslumbrando e visando nossa vitória, com isso começam a tratar dos problemas de cada região. É muito grande a quantidade de demandas reprimidas que encontramos onde passamos o que comprova a insatisfação da população que interpreta hoje no RN, que essas famílias que se reuniram no acórdão, onde tem a frente o candidato do PMDB. Eles tiveram a oportunidade de melhorar a vida das pessoas.  Não se concebe nos dias de hoje você chegar a Antônio Martins, Pau dos Ferros, Equador, Riacho de Santana, Encanto e outras diversas cidades e ver as pessoas brigando, brigando por uma lata d’água, não tem água pra beber. Depende do carro pipa, da boa vontade do prefeito e ás vezes nem isso tem, existem pessoas com 3 ou 4 dias sem água em casa. Apenas com a água disponível para fazer a comida e mais nada. Ai você ver como houve uma falta de política de estado,que política de governo é aquela imediatista. A política de estado é aquela que pensa lá na frente, você planeja o estado por 10, 20, 30 anos, como foi nos anos 70 o governo de Cortez Pereira, que depois dele, não houve mais ninguém para planejar o RN. Então, o que encontramos nessa caminhada é a crise com a falta d’água, o clamor com a saúde, a falta de segurança, homicídios com vi em Umarizal. Nossa proposta é devolver a eficiência ao governo do estado.Poderia resumir o meu plano de governo em uma só palavra “eficiência”. Por que ao falarmos de eficiência, estamos falando de saúde, para que não falte médico, nem medicamentos. Estivemos em uma cidade que no dia anterior teve a festa mais importante do ano, no hospital estadual daquela cidade, durante o dia de festa não tinha nenhum medico. Que situação chegou o estado. Eu defendo medico ser carreira de estado. Na primeira semana de governo vou enviar para assembléia a carreira médica, não há apelo para os médicos participarem do concurso do estado, não existe a carreira médica, então se sente desestimulado a ingressar nos quadros do estado, faltam médicos em diversas modalidades. Da mesma forma com outras profissões da saúde. Todas as cadeias produtivas do estado estão adormecidas por não terem uma assistência do governo. Então, buscamos um governo de parcerias. Mas, antes de pensar em obras, precisamos pensar na obra humana, em não deixar as pessoas brigarem por uma lata d’água, não deixar uma família ver um filho falecer por falta de médico num hospital. Desta forma, vamos buscar a eficiência que será a marca do nosso governo.

O Sr e a candidata ao senado Fátima Bezerra suspenderam em seus discursos as críticas mais graves ao governo Rosalba Ciarlini. Por quê?

Pelo contrário, mantenho dito tudo que disse. Concedi entrevista para a tribuna em Natal, dei entrevista há alguns veículos como a 96 e 95 FM e não mudei nenhuma palavra do que disse até hoje, não mudo por oportunismo político nada que acho coerente na minha vida publica. Minha coerência faz parte da minha trajetória, ganhar ou perder faz parte da luta. È melhor ganhar falando a verdade, que ganhar mentindo. Não retiro nenhuma critica das que já fiz, o problema é que Rosalba não é candidata a governadora. Ela saiu da disputa eleitoral. Diante disto, a disputa ao governo fica com os demais candidatos que disputo com você a condição de governar o estado. Nada muda, meu pensamento é o mesmo, desde que rompi com o governo não mudou nada.

O Sr continua sem aceitar o apoio da governadora e seu grupo político ao seu projeto de chegar ao governo?

Continuo. Até por que ela já deu entrevista declarando sua neutralidade. Eu rompi com ela, não tenho nada pessoal com a governadora, ela tem o livre arbítrio de escolher em quem ela votar, ninguém pode proibir sua escolha. Nem eu, Nem Henrique nem ninguém. Mas, buscar, dialogar seu apoio já declaro que não vou. Até por que eu rompi por discordar do seu governo, era muito oportunismo se fosse agora buscar o apoio de Rosalba.

O candidato Henrique Alves tem repetido em seus discursos que está desarmado de rancores e radicalismo e alega que o Sr tem mantido um discurso de ataques e criticas. Qual a sua avaliação sobre estes comportamentos?

Não tenho feito nenhum tipo de ataques, apenas tenho colocado que este acordão está querendo sufocar a democracia e o candidato do acordão se sente incomodado, quando colocamos para a reflexão da população que foi montado o acordão das famílias que governaram o estado por mais de 50 anos e agora estão todos juntos. Lá tem muitas contradições e muitos interesses onde queriam formar uma aliança onde não teriam disputas teria uma eleição por aclamação ou por W.O. Achando que ninguém teria coragem de se apresentar a população contra eles. Eu já me sinto vitorioso de dar a oportunidade ao povo do meu estado de ter uma eleição democrática onde prevaleça o debate e se discuta a questão da segurança, saúde, enfrentamento a seca e falta d’água, ou seja, tudo que o povo espera do governo e da máquina pública. O candidato do acordão está preocupado por que tramou este acordão e agora está jogando este discurso de moderado, que ele nunca foi, tanto que, agora há poucos dias em Pau dos Ferros ele tomou o microfone das mãos de um deputado da sua coligação deixando esse deputado humilhado publicamente. Cadê esse discurso que ele fala de moderado? De repente ele quando perde esse controle se mostra um homem moderado. Sempre foi muito radical, onde agredia os adversários aonde ele chegava nas cidades, um discurso muito forte de agressão aos adversários, quem não era bacural era agredido por ele e agora quer posar com uma estratégia de campanha e Market quer e pousar de moderado e jogar um discurso radical para seus adversários mais ele quem tem uma grande cultura radicalista é o candidato do acordão.

Em sua opinião, não é legitimo que o candidato a eleição majoritária procure agregar forças políticas ao seu projeto?

Desde que não perca a coerência, a coerência é mais importante que se agregar forças políticas. Como que de repente você passa a achar que pessoas que no passado você condenava e censurava como Zé Agripino censurava Wilma, como Garibaldi censurava Wilma, como Wilma censurava Henrique, como Wilma censurava Garibaldi. Não quero repeti o que falavam uns dos outros, o povo sabe e tem memória, o RN não perdeu a memória. E agora, se reúnem pura conveniência e falam que é para o bem do estado.  Que bem do estado? Henrique aderiu ao governo Micarla, indico cargos importantes, Henrique tem a tradição de perder e aderir, ele perdeu com o governo Wilma e Iberê e aderiu aos dois e indicou cargos políticos. Em 2010 Iberê perdeu, aderiu ao governo Rosalba, ficou até poucos dias, indicou 6 cargos do alto escalão e depois que o governo naufragou politicamente sai e que fazer um discurso de oposição. Então é essa a interpretação e reflexão que o povo deve fazer. Esse negócio de agregar, ele sempre agrega, quem ganha ele se incorpora de adere. Então, a forma de agregar que ele fala é aderir a quem está no poder.

Pesquisa é tendência. É momento. Em qual resultado o Sr acredita? IBOPE ou GPP?

Acredito no que estou vendo nas ruas. As pesquisas têm mostrado erros enormes, o deputado Henrique antes de se aliar a Wilma chamava de DataWilma, deixou de ser DataWilma pra Henrique? Nas rodas politicas e entrevistas ele dizia que a CONSULT era um instituto existente para levantar Wilma até então sua concorrente. Agora deixou de ser a DataWilma e começou a acreditar na CONSULT. Eu preciso confiar nas pesquisas das ruas. A GPP já deu empate técnico é de São Paulo e tem 30 anos de história e essa CONSULT que Henrique hoje defende, ela fez uma pesquisa na região do Mato Grande há dois dias da eleição mostrou que o candidato do PSB perdia com 25% de diferença na hora que abriram as urnas o candidato que perdia na pesquisa ganhou. Então, errou de forma contundente, eu não tenho preocupação com isso, a pesquisa maior está nas ruas é o povo. Nada me intimida, nem o acordão de Henrique, nem as pesquisas que estão totalmente direcionadas para alavancar o seu nome e confundir a mente das pessoas, para poder facilitarem a adesão dos prefeitos da classe política. A nossa caminhada eu vou ganhar nas ruas, como ganhei quando me subestimaram que não seria candidato a governador, virei candidato e agora vou virar governador.