Entrevista de Carlson Gomes a Rádio Cabugi

Rádio Cabugi do Seridó – Como o senhor está vendo o cenário político do estado em relação às eleições de outubro próximo?

Carlson Gomes – Eu coloquei meu nome a disposição para ser candidato a deputado estadual pelo DEM, e já vinha o democrata naquela questão de indefinição se a governadora Rosalba Ciarlini era candidata ou não.  Passou esse período, ao qual, o partido fez coligação com a proporcional, para os candidatos a deputado estaduais ficarem coligados com diversos partidos que compõem a coligação do PMDB. Não necessariamente, como foi divulgado a princípio, o democratas não se coligou na chapa majoritária. Então, mediante essa decisão, pelo menos, eu e meu pai (Geraldo Gomes) têm a analisado o cenário, já que o presente candidato ao governo Henrique Alves já tem seu grupo formado em Currais Novos e estamos ouvindo, vamos ouvir ele e também o candidato Robinson para enfim em Currais Novos tomarmos uma decisão. Mas, eu creio que será uma campanha acirrada não só para o governo como para os demais cargos.

2 – O que falta para o seu grupo em Currais Novos definir a posição?

Falta ouvir as bases e estamos ouvindo. Currais Novos agora apesar do período eleitoral inicia-se a festa de Santana, então, vamos esperar passar a festa de Santana e ouvir novamente as bases não só de Currais Novos, como também das demais cidades, para que tomamos a decisão que possa ajudar não só Currais novos, mas, que se eleito deputado trabalhar com ajuda de amigos para Jardim do Seridó e demais cidades… Tem que ouvir também, por exemplo, meus aliados em Jardim, meu aliados nos demais municípios para que tomamos uma decisão em conjunto, apesar de que minha maior base eleitoral é Currais Novos, onde eu espero que a cidade possa ter um real candidato para o município.

3 – Há décadas o seu pai ex-prefeito Geraldo Gomes segue orientação política do senador José Agripino. Existe a possibilidade de caminhos políticos diferentes nesta eleição?

A possibilidade existe isso também foi o senador Zé Agripino quem disse que não irá fazer intervenção local nos municípios, cada município tem sua realidade.  Isso é noticiado em todo o RN, que alguns prefeitos e vereadores estão divergindo da decisão por ele tomada. Então, temos que ver a questão local tanto eu quanto meu pai.  Eu tenho 32 anos nesta legenda, nunca tive outro partido, a não ser o partido que foi PDS, PSL e agora Democratas. Meu pai também tem de 32 anos que segue a orientação do senador Zé Agripino. Então temos conversado, para tomarmos uma decisão para o bem de Currais Novos e o bem que possa refletir para uma melhora para o povo do RN.

4 – O senador José Agripino, segundo a imprensa, manteve contacto com o senhor e seu pai nestes últimos dias. Alguma definição?

Não, estivemos tanto com ele como o deputado Felipe Maia, e estamos analisando o quadro, para que tomamos uma decisão realmente segura do que vamos tomar. Principalmente, como diz, existem os nossos adversários tradicionais aqui de Currais Novos que estão todos juntos em um palanque. Fica muito difícil o povo entender tudo isso, precisa ser amadurecido esse caminho, se é que iremos traçar, ou não, vamos parti para outro divergente apoiando outro candidato da chapa majoritária, para que tenha palanques diferentes para a população de Currais Novos e região. Mas, eu e meu pai não vermos dificuldade de apoiar qualquer candidato e que o nosso povo, o povo de Currais Novos seja respeitada a opinião deles.

5 – No caso do seu grupo político acompanhar o Senador José Agripino no apoio aos candidatos Henrique Alves, João Maia e Wilma de Faria. É possível uma boa convivência com o ex-prefeito José Lins o deputado Ezequiel Ferreira cada qual respeitando os espaços dos outros  num eventual governo Henrique Alves?

Eu acho que parte desse momento. Se no inicio se chegasse a esse caminho, já que não está decidido, iniciaremos a questão de serem palanques opostos, eu num posso está como candidato a deputado estadual junto aos meus maiores adversários no município, partir daí começa logo as divergências. Então, nós temos que amadurecer essa idéia, não só no governo futuro mais partir de agora essa convivência se é que é possível, se é que o povo de Currais Novos vai entender e se não entender, a nossa decisão será contrária a de ficarmos todos juntos num mesmo lado. Mas, estou aberto, assim como meu pai que também está aberto a conversa. Sábado é a feirinha e os dois candidatos ao governo já confirmaram presença e que farão uma visita a mim e meu pai em Currais Novos. A política do grupo de Geraldo Gomes não parte para o radicalismo. Mas, agente tem que sempre ouvir o povo.