Zema não recebeu nem buscou Bolsonaro para negociar dívida, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista a jornalistas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, depois de ter reunião com os governadores do Sul e Sudeste

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alfinetou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e afirmou que o mineiro não procurou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para discutir as dívidas do Estado. A declaração foi dada nesta 4ª feira (27.mar.2024) em entrevista à rádio Itatiaia

Segundo Haddad, Zema não foi recebido e nem procurou o governo anterior para debater os mais de R$ 170 bilhões de inadimplência do Estado com a União. O ministro ainda defendeu a proposta que prevê a renegociação de dívidas dos governos estaduais em troca de investimentos em ensino médio técnico ou ativos de empresas dos Estados. 

“Essa é uma troca justa, que dá sustentabilidade para os Estados endividados, coisa que não foi feita no período anterior. Você veja que o governador Zema jamais foi recebido pelo governo anterior para discutir essa questão da dívida, também não procurou. Não houve nenhuma negociação em torno da dívida de Minas”, afirmou. 

Haddad também cutucou Zema após o governador mineiro pedir para que a União desconte os juros das dívidas a partir de 2018, quando foram implantadas escolas de ensino médio técnico em Minas Gerais. Na visão do ministro, não é hora de culpar um ou outro e é preciso união para encontrar soluções para os Estados. 

Eu pediria, encarecidamente, para que o governador se debruçasse sobre esses números [da educação em Minas Gerais]. Precisamos dar as mãos, não é a hora de ficar empurrando um para o colo do outro o problema”, declarou o ministro. 

O texto prevê a redução dos juros das dívidas caso os Estados invistam em escolas de ensino médio com qualificação técnica. Além disso, os governos podem abater as inadimplências com a entrega de ativos de empresas estaduais. 

A proposta deve ser consolidada nas próximas semanas e deve ser entregue ao Congresso Nacional em até 60 dias. O texto é capitaneado pelo Ministério da Fazenda após cobranças dos governadores do Sul e Sudeste e tem o aval do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Fonte: Poder360

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