Vídeos: Chuvas voltam a atingir o Rio Grande do Sul, mas não devem interferir na baixa dos rios

Volta a chover no Rio Grande do Sul
Volta a chover no Rio Grande do Sul — Foto: Reprodução/Redes sociais

Após rios registrarem baixa nos níveis de inundação no Rio Grande do Sul, as chuvas voltam a atingir diversas regiões do estado. Moradores de Porto Alegre e de cidades do Vale do Taquari registraram o momento em que voltou a chover, na tarde desta quarta-feira. Segundo especialistas do MetSul, as precipitações não terão altos volumes e não devem alterar na baixa dos rios.

O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu quatro alertas de chuvas para o Rio Grande do Sul. O alerta de “Grande Perigo” é para tempestades no sudoeste e sudeste do estado. Durante a madrugada e pela manhã desta quarta-feira, as chuvas ficam concentradas na parte sul do estado. Já os dois de “Perigo” são do sul ao centro gaúcho, com previsão de tempestade e granizo de forma isolada.

— Na parte do sudeste gaúcho é um acumulado por conta das chuvas, que já ultrapassaram os 100 milímetros na região próxima a Pelotas. Também há um aumento do nível da água das praias. Em termos de previsão, a região ainda segue com tendências de chuva nessa área — explica Andrea Ramos, meteorologista do Inmet.

Na capital Porto Alegre e nas regiões noroeste, nordeste e centro oriental do estado o alerta é de “Perigo Potencial”, com chuva até 50 mm/dia e ventos intensos (40-60 km/h). Ainda há baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. A especialista explica que essas previsão acontece por conta do deslocamento de uma frente.

— Para Porto Alegre tem uma possibilidade de uma chuva isolada. O agravante vai ser o vento, que será um pouco mais forte por conta do deslocamento da frente, que irá fazer uma incursão no Rio Grande do Sul — destaca Ramos.

O MetSul também alertou que há previsão de mais chuvas no estado gaúcho em decorrência de uma frente fria associada a um ciclone extratropical na costa da Argentina. Com a passagem da frente fria, pode ocorrer ventos quentes e secos antes da chuva em várias cidades. Ainda segundo o instituto, será um episódio de instabilidade durante vários dias.

Após o nível da inundação diminuir no Vale do Taquari, o rastro de destruição deixado pelas chuvas emergiu no município de Lajeado, no Rio Grande do Sul. Casas, carros e ruas foram completamente assolados pela força da água e lama. Em vídeos compartilhados nas redes sociais, moradores e pessoas que estão ajudando na recuperação da região mostram a situação atual da cidade, após a enxurrada que ainda atinge diversas cidades gaúchas.

Nas imagens, é possível ver o que restou de residências e construções, que surgem totalmente destruídas ou com paredes e telhados derrubados. Os escombros e entulho se espalham pelo chão, itens pessoais e plantas se embrenham nos portões destruídos das casas, muitas árvores estão caídas. A cena de devastação é descrita pelo internauta, autor do vídeo, como similar à Gaza.

As demais cidades do Vale do Taquari, uma das regiões mais atingida pelos temporais que atingem o Rio Grande do Sul, também já veem os destroços deixados pelas chuvas após o nível do Rio Taquari diminuir. Durante a semana, o rio chegou a ultrapassar 30 metros.

Mais de 163 mil pessoas estão desalojadas e outros 66 mil estão em abrigos. A marca já supera a última tragédia ambiental no estado, em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram. Além disso, já deixaram cerca de 650 mil pessoas sem abastecimento de água e ao menos 451 mil pontos do estado estão sem energia elétrica.

Já o número de mortes subiu para 100, de acordo com o último boletim da Defesa Civil do estado, divulgado no começo da tarde desta quarta-feira. Há ainda o registro de 128 desaparecidos e estima-se que o temporal tenha atingido pelo menos 1,4 milhão de pessoas até agora.

Fonte: O Globo

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