Um motorista foi seguido por um homem e teve o carro incendiado na Zona Leste de São Paulo após se envolver em uma discussão de trânsito. O suspeito, segundo investigação do 42° DP do Parque São Lucas, é um detento que estava em saída temporária. Ele tem passagens pela polícia e foi condenado por furto.
A discussão ocorreu em um sábado, 15 de junho. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima passava de carro pela Rua Anhumas, na Vila Ema, por volta das 13h, quando buzinou para o carro do suspeito, um Celta de cor prata, que estaria “segurando o trânsito”.
A vítima teria notado que o homem que conduzia o veículo não gostou da atitude e percebeu que o homem o seguiu por um tempo. Na manhã seguinte, por volta das 7h, o motorista acordou com o som da buzina do seu carro tocando de forma incessante na garagem de casa e, quando chegou no local, percebeu que o veículo estava em chamas. Ele conseguiu apagar o fogo com a ajuda de vizinhos, mas o carro ficou danificado na parte frontal, assim como o portão da garagem.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram que o homem que dirigia o Celta circulou pela frente da casa da vítima, que fica na Rua Paulo Bender, na madrugada do dia 15 para o dia 16 de junho.
Uma das gravações mostra o momento em que o suspeito, identificado pela polícia como Alex de Mola, se aproxima da garagem da casa com um galão, joga gasolina na parte frontal do carro e na calçada e ateia fogo no líquido. Confira:
Mola estava detido no Centro de Progressão Penitenciária de Hortolândia, no interior paulista. Ele estava em uma saída temporária utilizando uma tornozeleira eletrônica, quando se envolveu no acidente. O homem, segundo a Polícia Civil, tem passagens e condenação por furto. Após colocar fogo no carro da vítima, o suspeito retornou normalmente para a penitenciária.
A investigação confirmou a identidade do homem com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e solicitou para a Justiça que o suspeito seja indiciado pelos crimes de incêndio e dano. A reportagem procurou a SAP sobre o caso e aguarda retorno.
Fonte: O Globo