Verão termina com recordes de calor em SP e RJ e alto risco de temporais

Banhistas em Ipanema e no Arpoador no último domingo do verão
Banhistas em Ipanema e no Arpoador no último domingo do verão — Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo

O calor do último fim de semana do verão bateu recordes ontem no Rio e em São Paulo, como efeito de uma onda que deve terminar hoje na maior parte dos estados do Centro-Sul — mas não nas duas maiores cidades do país. Em ambas, a temperatura alta que lotou praias cariocas, e piscinas públicas e parques na capital paulista, só deve dar algum alívio na quinta-feira, quando uma frente fria vai começar a provocar chuvas a partir da Região Sul.

Uma massa de ar quente e úmida vai favorecer temporais no Sul do país até o meio da semana. A umidade e o ar quente no Sudeste também devem favorecer temporais isolados, com alagamentos e inundações, segundo a empresa de monitoramento do clima MetSul. Mas o fator mais preocupante é a frente fria a partir de quarta-feira. Esses fenômenos fazem a semana ser de alto risco meteorológico.

A sensação térmica no Rio chegou ontem a 62,3°C em Guaratiba, segundo o Centro de Operações Rio (COR). Foi o maior patamar desde 2014, quando começaram as medições. Em São Paulo, a máxima de 34,7°C foi a maior para março desde 1943.

Na orla do Rio, o sol até afastou os praticantes de altinha e de outros esportes da areia. O casal Ana Paula Duran e Michal Duran optou por trocar a canga pela cadeira de praia.

— A gente gosta de forrar o chão e ficar deitado. Mas hoje não dá — disse Ana.

Em São Paulo, a piscina do Sesc Belenzinho, uma das mais procuradas nos dias quentes, atingiu sua capacidade máxima ao meio-dia. Segundo a prefeitura, as piscinas dos 45 centros educacionais unificados receberam mais de 23 mil pessoas no fim de semana.

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) calculou uma alta de 25% a 30% no faturamento entre sexta-feira e ontem, na comparação com o mesmo período da semana anterior.

Mas o calor trouxe prejuízo a parte dos estabelecimentos da Rua 25 de Março, maior centro popular de compras da América Latina, afetados por um corte no fornecimento de energia no fim de semana. O comerciante Flavio Cazarine, de 44 anos, contou que a falta de ar-condicionado afastou clientes e prejudicou uma de suas lojas de produtos eletrônicos.

— Não tivemos como usar o ar-condicionado, e alguns clientes e funcionários passaram mal. Houve uma queda de quase 50% do faturamento esperado para os dois dias — contou.

Montadas para distribuir água e frutas em dias de calor, as dez tendas da Operação Altas Temperaturas, da prefeitura paulistana, fizeram 25,3 mil atendimentos no sábado e 19,1 mil ontem. A maior demanda foi em Santo Amaro, na Zona Sul.

Fonte: O Globo

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