Uso de IA generativa em startups no Brasil é um desafio, diz Google

Para André Barrence, diretor do Google for Startups para a América Latina, a pesquisa revela o potencial da IA generativa para impulsionar diversos setores de negócios -  (crédito: Bruno Mooca)
Para André Barrence, diretor do Google for Startups para a América Latina, a pesquisa revela o potencial da IA generativa para impulsionar diversos setores de negócios - (crédito: Bruno Mooca)

Um relatório desenvolvido pela Google for Startups — divulgado nesta terça-feira (25/6) — demonstrou os objetivos de startups brasileiras ao adotar a Inteligência Artificial Generativa e quais são os os principais desafios e fatores que possam contribuir para o desenvolvimento do setor no país.

Os temas mais abordados no relatório foram as incertezas sobre métricas de efetividade no uso da IA Generativa, além das demandas por investimentos neste setor, inclusive no público, e a formação de pessoas para trabalhar nessa área. A falta desses tópicos, dificulta a adoção da IA pelas empresas.

O relatório, intitulado Startups & Inteligência Artificial Generativa: Destravando o seu potencial no Brasil, foi encomendado pelo Google for Startups à Box1824, e produzido por meio de entrevistas aprofundadas com fundadores de startups, formadores de opinião sobre GenAI, e gestores de capitais de risco especializados no desenvolvimento de startups.

“Nossa pesquisa revelou o potencial da inteligência artificial generativa para impulsionar diversos setores de negócios, abrindo um vasto campo de oportunidades ainda inexploradas. Esta iniciativa visa munir o ecossistema com informações estratégicas e dados concretos, capacitando líderes e investidores a tomar decisões mais assertivas”, afirmou o diretor do Google for Startups para a América Latina, André Barrence.

Objetivos para o uso de IA

Os dados da amostra quantitativa da pesquisa apontam que as maiores motivações das empresas para usar a GenIA é para resumir informações de várias fontes (62%), criar uma lista de fontes de dados a partir de uma interação anterior (57%) e criar uma recomendação para atividades de acompanhamento (54%).

Para essas empresas, um dos maiores obstáculos é a obtenção de capital para desenvolvimento e uso dessa tecnologia. Apenas 25% afirmam que não têm orçamento para a implementação de IA. Enquanto isso, 46% afirmam que esperam investimentos externos público e 38%, investimentos privados.

Letramento digital

Outro tópico apontado no estudo é sobre a falta da qualificação de trabalhadores para com a IA. Seis em cada 10 startups (59%) acreditam que a educação e a conscientização sobre GenAI são essenciais para o desenvolvimento da tecnologia.

“Há uma carência de iniciativas estruturadas que preparem a força de trabalho para lidar com tecnologias avançadas. A escassez de profissionais qualificados é exacerbada pela fuga de talentos, onde profissionais brasileiros são frequentemente atraídos por oportunidades no exterior, devido a melhores condições de trabalho e remuneração”, pontuou Barrence.

Para 43% das empresas, o desenvolvimento de habilidades de linguagem, comunicação e relacionamento para desenvolvedores também é essencial, bem como a evolução no ensino básico para desenvolver raciocínio lógico dos brasileiros (37%) e evolução no ensino superior como um aspecto crucial para melhor preparar profissionais de GenAI no Brasil (38%).

Fonte: Correio Braziliense

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