Trump vence Haley em primárias da Carolina do Sul, onde rival foi governadora, diz mídia americana

Ex-presidente Donald Trump durante convenção conservadora nos EUA neste sábado
Ex-presidente Donald Trump durante convenção conservadora nos EUA neste sábado — Foto: Anna Moneymaker / Getty Images via AFP

O ex-presidente dos EUA Donald Trump venceu mais uma primária republicana neste sábado, conquistando a maioria dos votos na Carolina do Sul contra Nikki Haley, sua única rival de peso ainda na disputa, de acordo com projeções da Associated Press. Pesquisas recentes já apontavam o magnata na frente com mais de 30 pontos percentuais.

A apuração do resultado oficial está em andamento e, embora a vitória de Trump já fosse dada como certa, a diferença entre os dois será um importante indicador sobre o futuro da candidatura da ex-governadora do estado. Até o momento, Trump aparece com 62,4% dos votos, contra 35,8% de Haley.

Com a vitória, Trump se aproxima da nomeação a candidato do partido à Presidência, o que levaria a uma versão 2.0 das eleições de 2020 contra o atual presidente, o democrata Joe Biden. Embora ainda esteja cedo na disputa das prévias, historicamente, os eleitores da Carolina do Sul elegeram o candidato que acabou sendo nomeado pelo partido em 10 dos 11 últimos ciclos eleitorais.

A dinâmica de votação no estado funciona por um sistema de votos abertos, ou seja, eleitores independentes e registrados como democratas também podem votar nas primárias do Partido Republicano, contanto que não tenham participado das prévias democratas antes, em 3 de fevereiro. Em muitos estados, apenas eleitores registrados como republicanos podem participar das prévias da legenda. Trump criticou Haley pelo apoio que a rival conquistou de alguns democratas no estado.

— Se você está concorrendo à presidência, você não exclui as pessoas do seu clube — respondeu Haley no canal Fox News.

A campanha de Trump investiu pouco na Carolina do Sul, já na expectativa de uma grande vitória no estado que pudesse pressionar Haley ao ponto de fazê-la desistir da campanha mais cedo. Segundo a CNN, aliados do magnata esperam que o resultado desta noite atraia doadores e eleitores indecisos.

Antes de chegar a Columbia, capital do estado, para acompanhar a apuração, Trump estava na Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC), em Washington DC. O evento reuniu grandes nomes da ultradireita global, como o presidente da Argentina, Javier Milei, e o de El Salvador, Nayib Bukele. Em seu discurso, Trump se apresentou como “próximo presidente dos EUA” e brincou que, caso tivesse um desempenho ruim na Carolina do Sul, seria culpa da conferência.

Haley decidiu acompanhar a apuração em Charleston, onde concluiu a sua turnê pelo estado. De todas as derrotas — Iowa, New Hampshire e Nevada, onde ficou atrás da opção “nenhum dos candidatos” —, esta é a mais simbólica para Haley, que governou a Carolina do Sul de 2011 a 2017, quando renunciou ao cargo para assumir a posição de embaixadora dos Estados Unidos na ONU durante o governo Trump.

Apesar do revés, Haley promete seguir com sua campanha ao menos até a Super Terça, em 5 de março, onde 17 estados e territórios americanos votarão nos seus candidatos, totalizando 874 delegados em disputa. Fortalecida com um grande número de doações à campanha, analistas afirmam que seu objetivo é fazer Trump “sangrar” o máximo possível até novembro.

(Em atualização)

Fonte: O Globo

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