A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu três pessoas acusadas de aplicar o “golpe do paco”, em frente a uma casa lotérica no setor leste da Estrutural, no Distrito Federal. A ação dos criminosos — identificados como Roberto Santos, de 45 anos; Thayane Silva, de 25; e João Oliveira, de 66 — consistia em montar a cena na qual um deles fingia perder uma carteira com dinheiro.
A vítima, então, era induzida ao erro. Ajudava a achar a carteira, acreditava que seria recompensada por encontrar o item supostamente perdido, e, então, era furtada.
Segundo a Polícia Civil, um dos integrantes do trio simulava ter deixado cair no chão a carteira com notas falsas de dinheiro. Fingindo procurar o item, um dos cúmplices, então, contava com a ajuda da vítima e conseguia localizá-lo. O “dono” da carteira, em seguida, prometia recompensar as duas pessoas, para agradecer a busca.
Na sequência, o cúmplice acompanhava um dos criminosos e, ao voltar, fingia ter recebido algo valioso das mãos dele. A próxima a receber a recompensa, em tese, seria a vítima, que era incentivada a deixar seus pertences com os outros dois integrantes do trio, enquanto se dirigia ao encontro do suposto dono da carteira para receber o “prêmio” de agradecimento. Neste momento, os três fugiam do local com os objetos pessoais da vítima.
Na última segunda-feira, o trio levou R$ 945 de uma mulher, com o “golpe do paco”. O dinheiro havia sido sacado na lotérica, momentos antes. Segundo a Polícia Civil, agentes constataram que o celular de um dos estelionatários foi obtido por meio da mesma prática, no início de março.
Em depoimento, a vítima descreveu que os objetos usados no golpe eram um porta-joias vermelho, um simulacro de anel e uma bolsa com dois volumes de notas falsas. Por fim, descreveu as roupas e identificou os envolvidos.
Os três criminosos foram presos pelo crime de estelionato, submetidos a audiência de custódia e mantidos presos. Um deles tem passagem pela polícia, em crimes de estelionato e roubo. O outro está envolvido, ainda, em furtos, receptação, associação criminosa, falsa identidade, lesão corporal, vias de fato, ameaça e tráfico de drogas. Além disso, Thayane Silva já tinha mandado de prisão em aberto, por prática de roubo na região do Gama.
Fonte: O Globo