Tempestade, pedido de resgate e abrigo: imagens explicam cronologia de acidente que matou família de esquiadores na Suíça

Cinco esquiadores de uma mesma família foram encontrados mortos
Cinco esquiadores de uma mesma família foram encontrados mortos — Foto: Editoria de Arte

Cinco pessoas de uma mesma família foram encontradas mortas em um dos lugares mais procurados para esportes de inverno na Europa, os Alpes Suíços, nesta segunda-feira. O grupo de esquiadores, que tinha mais um integrante, ainda desaparecido, iniciou a viagem na manhã de sábado, antes de se deparar com uma tempestade fatal em meio a neve. As buscas pelo sexto membro do grupo continuam.

Veja abaixo tudo o que se sabe sobre o episódio:

O grupo de seis esquiadores, com idades entre 21 e 58 anos, havia saído de Zermatt na manhã de sábado com o objetivo de chegar à cidade de Arolla, perto da montanha Matterhorn, mais tarde naquele dia.

Quando o grupo passava perto da região de Tête Blanche, um pico entre Zermatt e Arolla, a região foi dominada uma tempestade brutal que deixou os esquiadores presos a uma altitude de 3.500 metros. Um dos esquiadores conseguiu entrar em contato com o serviço de emergência antes de morrer.

O clima estava tão ruim que voar para resgatar os esquiadores simplesmente não era uma opção, segundo Njan Truffer, chefe de resgate da Air Zermatt. Ele disse que havia “ventos muito fortes, neve pesada, alto perigo de avalanche e visibilidade zero”, o que deixaria os socorristas “mortos em dois minutos”.

Cerca de 11 helicópteros estavam mobilizados para buscar o grupo e fazer o resgate, mas precisaram recuar diversas vezes devido às “péssimas condições climáticas e aos riscos envolvidos”. Nos últimos dias, diversos alertas foram emitidos para avalanches, vento, nevoeiro e frio extremo na região. Após não conseguirem fazer o resgate por ar, foram enviadas equipes terrestres.

Segundo Njan Truffer, chefe de resgate da Air Zermatt, que conduziu a operação de resgate, afirmou à imprensa suíça, “a imagem que encontramos era feia”. O agente afirmou que os esquiadores tentaram construir um abrigo para sobreviver, mas acabaram morrendo congelados.

— Vimos que os esquiadores tentaram construir uma caverna e se proteger do vento. Os esquiadores morreram congelados em altitude, desorientados — afirmou o agente, que ainda disse que os corpos foram encontrados espalhados pelo local, sugerindo que haviam entrado em pânico antes de perderem a consciência.

Cerca de 11 helicópteros estavam mobilizados para buscar o grupo e fazer o resgate, mas precisaram recuar diversas vezes devido às “péssimas condições climáticas e aos riscos envolvidos”. Após não conseguirem fazer o resgate por ar, foram enviadas equipes terrestres.

Por volta das 21h do horário local, as buscas foram suspensas, em acordo com as famílias, devido às condições meteorológicas muito adversas, “tornando a intervenção de resgate muito delicada”.

Ainda na madrugada do último domingo, especialistas cibernéticos e técnicos foram convocados para extrair todos os dados de celulares, redes sociais e GPS dos seis esquiadores. As informações coletadas das famílias permitiram confirmar a provável localização dos alpinistas na montanha.

A procura dos socorristas especializados continuou após o amanhecer. Por volta das 13h00, a Força Aérea enviou um helicóptero para complementar os recursos de emergência, mas apenas algumas horas depois chegou perto do local onde pensavam que o grupo estaria. Às 18h30, uma equipe de 2 socorristas, um médico e um policial do grupo de montanha foi deixada perto da cabana Dent Blanche e conseguiu avançar em direção ao setor Tête-Blanche. A descoberta dos corpos foi anunciada apenas na segunda-feira.

Fonte: O Globo

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