Telefônicas não aceitam obrigação de instalar bloqueador de celular em presídios

O sinal livre dos telefones celulares nas unidades prisionais do Brasil é uma discussão que se arrasta por anos. Por mais rígidas que sejam as normas e que deveria ser a restrição do uso de aparelhos por detentos, líderes de facções criminosas mantêm o comando de seus grupos de dentro da cadeia.

Nessa quarta-feira, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que uma mulher foi presa em Feira de Santana com fuzil, drogas e outras armas. Seu companheiro ligou do presídio para negociar a soltura dela com a polícia. Sem falar nos golpes do parente seqüestrado aplicados por detentos que ainda fazem diversas vítimas pelo país.

Na tentativa de acabar com essa farra das ligações, a Câmara dos Deputados aprovou esta semana um projeto que obriga as operadoras de telefonia a instalarem bloqueadores de sinal em presídios e unidades sócio-educativas.

A aprovação simbólica no plenário foi unânime. A matéria será revisada pelo Senado, mas a polêmica ainda dá muito pano pra manga. Isso porque as operadoras de telefonia não aceitam bancar esse custo de instalação e manutenção do serviço. Alegam que isso deve ser bancado pela União, mas os deputados entenderam que não. Autor da proposta aprovada, o líder do PMDB, Baleia Rossi, de São Paulo, diz que o celular é um perigo se livre nos presídios.

“Um celular na mão de um presidiário é uma arma para cometer inúmeros crimes. Com a tecnologia que nós temos é inadmissível que um presidiário posso usar um celular, a internet, dentro da cadeia.”

 

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