A Shein, plataforma chinesa de compras on-line, rebateu nesta 4ª feira (22.mai.2024) uma nota divulgada por confederações da indústria, do comércio e da agricultura, sobre a tributação de compras importadas de até US$ 50. As entidades defenderam que as vendas sem taxas “beneficiam pessoas com renda mais alta e tira o emprego de quem ganha menos”.
Segundo a Shein, uma pesquisa feita pelo Ipsos, entretanto, mostra que seu público consumidor é formado 88% por pessoas das classes C, D e E. Sendo:
A discussão se dá na semana em que a Câmara dos Deputados deve votar a criação do programa Mover, que incentiva a produção de veículos sustentáveis. Dentro do PL (projeto de lei) 914 de 2024, no entanto, foi adicionado um “jabuti” para taxar as compras internacionais.
A Shein afirmou que caso seja aprovada, a taxação coloca em risco “o poder de acesso e compra dos brasileiros a produtos internacionais de qualidade acessíveis”. Eis a íntegra da nota (78 kB).
“Ao isentar os brasileiros do imposto de importação nas compras internacionais de valores até 50 dólares, o De Minimis –instrumento que vem desempenhando um papel crucial na facilitação do comércio internacional e que garante essa isenção– é sobretudo, uma ferramenta no empoderamento do consumidor”, disse.
Na 3ª feira (21.mai), confederações, junto as centrais sindicais, afirmaram em nota enviada à Câmara dos Deputados que o Remessa Conforme, programa que define a isenção do qual a Shein faz parte, promove uma “injustiça tributária” e prejudica a indústria, o comércio e a economia brasileira.
As entidades citaram um estudo realizado pelo Ipri (Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem), da FSB Holding, que indica que os consumidores da Shein, em sua maioria, têm renda superior a 5 salários mínimos. Leia a íntegra da nota (PDF – 496 kB).
Eis as entidades que assinaram a nota:
Fonte: Poder360