Suspeito de ataque a tiros que matou um e deixou mais de 20 feridos em Kansas City foi imobilizado por torcedores; vídeos

Torcedores imobilizam suspeito de ataque a tiros em Kansas City
Torcedores imobilizam suspeito de ataque a tiros em Kansas City — Foto: Reprodução/X

Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram o momento em que torcedores do Kansas City Chiefs perseguem e imobilizam um homem suspeito de abrir fogo contra a multidão que celebrava o título do Super Bowl, nesta quarta-feira. Ao todo, três pessoas foram detidas pela polícia local, que apura o papel do homem interceptado pelos fãs de futebol americano na ocorrência.

Ao menos uma pessoa morreu e 21 ficaram feridas, incluindo crianças, durante o ataque a tiros, na cidade do estado americano do Missouri, informou o Departamento de Bombeiros. Das três pessoas presas, duas estavam armadas. Os investigadores apuram a motivação do tiroteio.

Outro vídeo, registrado pela torcedora Alyssa Marsh-Contreras, mostra o momento em que policiais se juntaram a torcedores para deter o suspeito.

— Quando o abordamos, a arma saiu [da posse do homem] — diz um dos civis que aparecem na gravação, enquanto agentes levam o homem sob custódia.

— Eu peguei a arma — grita outro homem.

— Temos três pessoas detidas e sob investigação pelo incidente de hoje — afirmou a chefe de polícia Stacey Graves, em entrevista coletiva. — Estamos trabalhando para identificar se um dos três é aquele que apareceu naquele vídeo, no qual os torcedores ajudaram a polícia.

Dentre os 21 feridos, oito estavam em estado crítico, sete em estado grave e seis feridos sem gravidade, afirmou Ross Grundyson, chefe do Corpo de Bombeiros, nesta quarta — um hospital pediátrico recebeu 11 menores de idade, sendo nove por ferimentos de bala. A idade deles ainda não foi divulgada. Além disso, outras pessoas procuraram atendimento médico por ferimentos, mas não está claro se são vítimas de tiros.

“Pedimos às pessoas que saiam da área o mais rápido e seguro possível e evitem o estacionamento para facilitar o tratamento das vítimas dos disparos”, disse a polícia.

Laura Kelly, governadora do Kansas, estava no desfile e teve que fugir às pressas da área. Ela agora está “fora de perigo”, disse em uma postagem nas redes sociais.

O prefeito da cidade, Quinton Lucas, que compareceu ao desfile com a mãe e esposa, disse estar “tão inconsolável quanto qualquer um”.

— É absolutamente uma tragédia, do tipo que nunca teríamos esperado em Kansas City, e do tipo que nos lembraremos por algum tempo — disse Lucas em coletiva de imprensa. — Não quero que em nosso país, para cada grande evento, tenhamos que pensar na preocupação de levar um tiro.

O presidente Joe Biden já foi informado sobre o ataque, de acordo com a Casa Branca.

Centenas de milhares de pessoas celebravam os Chiefs, que venceram no último domingo o Super Bowl, a final do campeonato nacional de futebol americano. Vários jogadores desceram dos ônibus para cumprimentar e tirar fotos com torcedores, muitos dos quais haviam chegado ao local antes do amanhecer.

O tradicional desfile da vitória percorria um trajeto de 3 quilômetros até a estação ferroviária Union Station, onde ocorreram os disparos. Torcedores fugiram às pressas do local, enquanto a polícia trabalhava para esvaziar a estação.

— Pensei que fossem fogos de artifício. Ouvi entre 15 e 20 disparos em um intervalo muito curto —descreveu John O’Connor ao jornal The Kansas City Star.

“Rezo pela cidade”, publicou em redes sociais o jogador Patrick Mahomes, do Kansas City Chiefs. Em comunicado, a equipe disse estar “profundamente entristecida por causa do ato de violência sem sentido” ocorrido durante o evento, afirma estar em contato com as autoridades locais e declara que todos os jogadores, membros da comissão técnica e seus parentes estão a salvo.

Segundo a rede americana ABC, esperava-se cerca de 1 milhão de participantes no desfile, além de 600 agentes de segurança.

O ataque a tiros em Kansas City foi o 48º nos EUA neste ano, conforme o Gun Violence Archive. No Missouri, houve pelo menos 154 ataques a tiros desde 2013, excluindo o desta quarta-feira, segundo análise da CNN.

Fonte: O Globo

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