Surfista é agredida por instrutor com socos e golpes com martelo no Litoral Norte de SP

Imagens mostram marcas no rosto de surfista e também em sua prancha, atingida por golpes com martelo
Imagens mostram marcas no rosto de surfista e também em sua prancha, atingida por golpes com martelo — Foto: Arquivo pessoal

Uma surfista de 31 anos foi agredida com dois socos no rosto na praia de São Lourenço, em Bertioga, no Litoral Norte de São Paulo. A agressão ocorreu na tarde da última quarta-feira, dentro do mar, e foi desferida por um instrutor de surf que havia se desentendido com a mulher.

A vítima, a pedagoga Luana Toscano de Castro Portes, relatou que havia sido repreendida porque estaria “remando no lugar errado”. Luana disse, em declaração ao jornal “A Tribuna”, que as agressões tiveram continuidade já fora da água, ao lado do píer da Riviera de São Lourenço. Na areia, o agressor voltou a atacar a surfista, desta vez usando um martelo. Um dos golpes atingiu a mão de um amigo da mulher que tentava protegê-la, e outros danificaram a prancha da surfista.

Luana registrou boletim de ocorrência contra o homem na Delegacia de Polícia de Bertioga e fez exame de corpo de delito no dia seguinte, no IML do Guarujá. O GLOBO solicitou informações sobre a ocorrência à Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Em entrevista à revista “Hardcore”, Luana disse não se sentir segura para voltar a surfar naquela praia, que costumava frequentar. “Estou muito assustada ainda, me recuperando fisicamente e psicologicamente, mas a vida tem que seguir. Vou aguardar os meios legais, a polícia dar sequência no assunto. Não me sinto segura sabendo que ele é meu vizinho e teve a capacidade de ir buscar uma arma branca, porque o martelo é uma arma que, se bate na minha cabeça, mata”, declarou.

O instrutor Jackson Santos, acusado pelas agressões, foi afastado da Escola de Surf da Riviera, onde trabalhava. Em nota, a empresa manifestou “tristeza e indignação” e classificou os atos do instrutor como “inaceitáveis”.

“Jamais aceitaremos comportamentos agressivos, dentro ou fora de nosso ambiente de trabalho. Não compactuamos com atitudes que contrariem os princípios de respeito e integridade que defendemos”, completou.

Fonte: O Globo

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