Stalker de Débora Falabella: perseguições motivaram representação criminal contra suspeita

Débora Falabella sobre stalker: 'Fico com medo porque a gente nunca sabe o que pode vir do outro. É chato, por tudo. Porque também quero que ela fique bem'
Débora Falabella sobre stalker: 'Fico com medo porque a gente nunca sabe o que pode vir do outro. É chato, por tudo. Porque também quero que ela fique bem' — Foto: Leo Aversa

A atriz Debora Falabella, em entrevista ao GLOBO, falou sobre a stalker, de 40 anos, que a persegue há uma década. Por conta dos diversos episódios de perseguição, a artista entrou com uma representação criminal contra a suspeita pelo crime de stalking, que tem pena de 6 meses a 2 anos. A suspeita chegou a ser presa em Pernambuco, em fevereiro deste ano, porém, a Justiça revogou a prisão dois meses depois.

O caso começou em 2013, no Rio de Janeiro, quando uma ainda fã entrou no mesmo elevador que a artista e pediu uma foto. Depois disso, os rumos tomaram caminhos tortuosos. A mulher chegou a ir ao apartamento da atriz de mala com a intenção de entrar. A Justiça de São Paulo concedeu medida protetiva a favor de Débora Falabella, que proibia a suspeita de manter contato com ela por qualquer meio de comunicação, além de frequentar os mesmos lugares que a atriz, mantendo distância mínima de 500 metros, sob pena de prisão.

Em fevereiro deste ano, a mulher foi presa pela Polícia Civil de Pernambuco após descumprir a medida protetiva. A suspeita foi presa em uma clínica psiquiátrica, no Grande Recife. O pedido foi expedido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em outubro de 2023, após a atriz receber mensagens no WhatsApp em setembro do ano passado, como informado pelo portal g1.

Dois meses depois da prisão, a Justiça revogou a decisão. A suspeita foi declarada “inimputável” e, por ser ré primária, o tribunal decidiu que ela não deveria responder ao processo presa. A revogação foi feita pela juíza Juliana Trajano de Freitas Barão, que na época, determinou que todas as medidas cautelares anteriores fossem mantidas.

— É algo de que evito falar. Porque tem a minha história e a história dela que, com certeza, tem problemas. Estão cuidando para que seja da forma melhor possível, tanto pra mim quanto pra ela. A gente viu “Bebê Rena”… Nunca tive contato, não a conheço. É essa relação de fã. É ruim. Tem uma perseguição atrás por um trabalho que faço e pelo qual essa pessoa chega até a mim. E tem a vida dela. Ela tem uma família que pode cuidar, tem condições de ser tratada. Espero que seja. Fico com medo, porque nunca se conhece o outro, nunca se sabe o que vai vir. Atinge muita gente, meu núcleo familiar. É chato. Chato por tudo, porque também quero que ela fique bem — disse a atriz em entrevista ao GLOBO.

O crime de perseguição, também conhecido como “stalking”, foi incluído no Código Penal em março de 2021. O crime de stalking consiste em perseguir uma pessoa reiteradamente e por qualquer meio, que pode ser o virtual, “ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade, ou privacidade”.

Com pena prevista de seis meses a dois anos, mais multa, a norma altera o decreto-lei número 2.848 do Código Penal de 1940.

Fonte: O Globo

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