Chuvas fortes já atingem municípios do sul do estado de São Paulo, como Registro e Iguape, e devem alcançar a Região Metropolitana e a capital a partir da noite. Depois do forte calor dos últimos dias, a temperatura máxima na cidade deve cair em torno de 10ºC, e o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE-SP) aguarda chuvas fortes para a noite desta quinta-feira e madrugada de sexta. Há risco de ventania, raios e queda de granizo.
— Esta é a primeira frente fria do outono e veio encerrar a onda de calor que enfrentamos nos últimos dias. A temperatura vai cair bastante e a amplitude térmica também. Nesta sexta, a máxima prevista é em torno de 22ºC e a mínima, de 19ºC – afirma Adilson Nazário, meteorologista do CGE-SP.
A temperatura máxima chegou a 32,2ºC na cidade de São Paulo, mas o calor foi ainda maior no centro e em bairros como Vila Mariana e Mooca, onde a temperatura máxima chegou a 33,9°C.
Na Região Metropolitana de São Paulo, Vale do Ribeira, Serra da Mantiqueira e Itapeva o volume de chuvas previsto entre a noite e a madrugada é de 100mm.
Segundo Nazário, o risco é maior no litoral do estado.
A Defesa Civil do Estado alerta para grandes volumes de chuva no Litoral Norte e Vale do Paraíba (250 mm) e na Baixada Santista (180mm). No mar, pode ocorrer ressaca. A previsão é de tempestades em todo o estado, com altos volumes em Campinas e Sorocaba (80 mm), Araçatuba, Barretos, Franca, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, no Norte do estado (70 mm), e nas regiões de Araraquara, Bauru Marília e Presidente Prudente (60 mm)
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Nazário, que acompanha a chegada da chuva pelos radares do CGE, informa que até 17h30m não havia áreas de chuva na Região Metropolitana, mas a instabilidade já alcançava cidades como Piedade e Sorocaba.
O meteorologista explica que, apesar de ser o primeiro dia do outono, o quadro ainda é de verão, com o calor potencializando o risco de tempestades.
— Os termômetros ainda estão na casa dos 30ºC. Está muito quente e úmido, combustível para chuvas fortes – diz ele.
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Nazário afirma que a partir da manhã de sexta-feira as chuvas devem enfraquecer na capital e não há previsão de chuvas fortes para o fim de semana.
No restante do estado, segundo a Defesa Civil estadual, o alerta vai até sábado. Nesta quinta-feira, representantes do órgão se reuniram com integrantes do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) para alinhar ações de proteção. Coordenadorias regionais e municipais também estão em alerta.
Lâmina de água de 30 cm pode arrastar um carro, alerta Defesa Civil
Os grandes volumes de chuva podem causar deslizamentos, inundações, alagamentos, enxurradas e raios. Nos locais onde existem moradias em áreas de risco, os municípios devem alertar os moradores. Eles precisam ficar atentos a sinais de movimentação do solo(rachaduras nas paredes dos imóveis, portas e janelas emperradas, postes e árvores inclinados e água lamacenta escorrendo pelo morro).
A Defesa Civil recomenda à população redobrar a atenção para evitar acidentes que podem ser fatais durante e após os temporais.
Durante as tempestades é preciso evitar áreas arborizadas, devido ao risco de quedas de árvores e acidentes com raios. Também é importante não tentar atravessar áreas alagadas ou com enxurradas.
De acordo com a Defesa Civil, uma lâmina de água de apenas 15 centímetros de altura pode arrastar uma pessoa e, com 30 cm, levar um automóvel.
No Rio Grande do Sul, onde a frente fria chegou na noite de quarta-feira e madrugada desta quinta, foram registradas rajadas de vento de até 140 km/h e muitos rários em diversas regiões do estado. Segundo da Metsul, empresa de meteorologia, municípios como Soledade (141 km/h), Cruz Alta (140 km/h) e Rio Grande (114 km/h), Capão do Leão (110 km/h) e São Borja (107 km/h) registram as ventanias mais fortes.
RS teve ventos acima de 100 km/h
Os volumes de chuva, porém, não foram tão elevados. Santa Catarina e Paraná também estão em alerta.
Fonte: O Globo