Sinais de telefonia e internet são restabelecidos em todo RS

O primeiro abrigo a ter a conectividade por wi-fi gratuita é o do campus da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), na cidade de Canoas -  (crédito: Mauricio Tonetto / Secom)
O primeiro abrigo a ter a conectividade por wi-fi gratuita é o do campus da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), na cidade de Canoas - (crédito: Mauricio Tonetto / Secom)

Todas as cidades gaúchas já voltaram a ter algum tipo de conectividade em funcionamento, de acordo com o Ministério das Comunicações. Durante a 10ª Sala de Situação, realizada pela Casa Civil da Presidência nesta terça-feira (14/5), o secretário de Telecomunicações, Hermano Barros, reiterou que a ação está sendo executada em parceria com todas as operadoras de telefonia e internet que atuam no Rio Grande do Sul. 

“Isso significa que nenhum município está 100% desconectado. Diminuiu também o número dos municípios que estavam parcialmente afetados, de 150 para 125, e já chegamos a 372 municípios sem qualquer problema”, acrescentou. 

Barros afirmou que nesta quarta-feira (15/5) começa a instalação de internet nos abrigos do estado. A expectativa é que todos os centros de acolhimento da população tenham sistema de conectividade instalados. 

“O primeiro abrigo a ter a conectividade por wi-fi gratuita garantida será o que está instalado no campus da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), na cidade de Canoas”, acrescentou o secretário. 

Durante a última semana, as operadoras de telefonia liberaram o roaming de dados e abriram o acesso gratuito de internet móvel no estado. Assim, clientes de uma operadora podem utilizar as redes de outras empresas quando necessário. A ação, que visa garantir o acesso contínuo da população à comunicação, foi realizada a partir do plano estratégico de mitigação dos problemas de conectividade do governo federal. 

O Correio entrou em contato com o Ministério das Comunicações para saber como será feita a instalação de internet nos municípios que ainda estão debaixo d’água e até quando o sinal será liberado gratuitamente para a população, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria. 

Na avaliação do professor doutor em telecomunicações Joabson Nogueira de Carvalho, do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), o cenário de catástrofe que o RS passou sobrecarregou o sistema telefônico. “Sempre que ocorrem situações extremas a infraestrutura é afetada como um todo”, frisa. 

“É normal que, em uma situação como essa tão atípica, aquelas células ou aqueles sites que estejam instalados em locais mais baixos e que inundaram também fiquem fora de operação. Aí o sistema todo colapsa, porque muitas vezes a ligação das antenas é feita por fibras ópticas, que também se rompem com esse tipo de catástrofe”, explica o doutor. 

Porém, o problema pode ser resolvido com pessoal capacitado e recursos. “Ao longo do tempo é que o pessoal vai começar a restabelecer com maior capacidade o atendimento do sistema”, adiciona Carvalho. 

Joabson analisa que não se pode posicionar o site, local onde fica a antena, em locais muito altos, porque se precisa atender uma cobertura definida. “É esse tipo de sistema que se precisa quando ocorre esse tipo de catástrofe, e que não pode deixar de operar”, reforça o doutor em telecomunicações. 

Painel de monitoramento da Anatel 

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) criou um painel de monitoramento da situação das redes móveis nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Na última atualização, realizada às 21h da última terça-feira (14/5), da afetação geral no serviço móvel nos 497 municípios do RS, nenhuma localidade no estado está sem nenhum tipo de sinal de nenhuma operadora. 

Os municípios em situação parcial, onde há ao menos alguma prestadora com cobertura ativa, somam 125. Já os municípios que não apresentam nenhuma afetação são a maioria, 372. As prestadoras Claro, Vivo e Tim atualizam o estado de disponibilidade de sinal em todos os municípios de ambos os estados. 

*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori

Fonte: Correio Braziliense

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