Serra das Araras volta a ser interditada nesta terça-feira para detonação de rocha; confira o horário

Obras na Serra das Araras fecharão pista de subida para implosões
Obras na Serra das Araras fecharão pista de subida para implosões — Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo / 28-05-2024

Depois de ser interditada pela primeira vez no início deste mês para a detonação de rocha, a pista de subida da Serra das Araras (sentido São Paulo) volta a ser interditada entre 11h30 e 13h30 desta terça-feira, dia 18, para nova implosão. A ação faz parte das obras de duplicação da via, que irá construir um novo traçado para o trecho, com menos curvas. Já em julho, as interdições passam a acontecer quatro vezes por semana, de segunda a quinta-feira. A pista de descida (sentido Rio) não será interditada.

Inicialmente, essa implosão estava marcada para o último dia 13, mas foi remarcada para permitir “uma melhor análise técnica e do volume do material rochoso”. Nesta operação, a previsão é que seja detonado um volume de mil m³ de rocha, que seria suficiente para encher 66 caminhões-caçamba.

A primeira detonação ocorreu no último dia 5. Ainda em junho, outras interdições da Serra das Araras estão previstas para os dias 24 (segunda-feira) e 27 (quinta-feira).

A CCR RioSP, concessionária que administra a via, reforça a orientação para que moradores, comerciantes e motoristas programem a viagem para evitar trafegar na região durante o período de fechamento da rodovia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o tempo de deslocamento em rotas alternativas e o de espera na Serra das Araras são parecidos. Na rota de desvio indicada, o motorista deve percorrer a BR-040 até Três Rios, de onde acessará a BR-393, onde permanecerá até Barra Mansa, cidade em que retornará à Dutra.

De acordo com a concessionária, painéis de mensagens serão usados para informar o tempo de liberação. Os pontos mais sinalizados serão próximos aos retornos, “para que o usuário utilize outra rodovia próxima”, conforme informado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Diariamente, após os serviços, as equipes da concessionária farão a limpeza da pista antes de liberar o tráfego. A técnica escolhida para a detonação é chamada de “fogo cuidadoso”, quando há controle de vibração e redução de ruído.

Nesse início de trabalho, no entanto, a previsão é de que não se use toda a janela de tempo planejada, já que o volume de rocha a ser detonado ainda é pequeno. Pode ser que a pista seja liberada antes do horário previsto.

Para a criação do novo traçado, a previsão é que sejam retirados 700 mil m³ de material rochoso, o suficiente para encher mais de 46 mil caminhões-caçamba, capazes de carregar 15 m³ por viagem. As rochas implodidas serão reaproveitadas, alimentando usinas de concreto e de asfalto instaladas no Km 230. Concluída a duplicação da serra, o espaço irá abrigar uma praça para vendedores de frutas.

A Serra das Araras faz parte da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), principal via de ligação entre o Rio e São Paulo, as duas cidades mais populosas do país. Cerca de 390 mil veículos circulam nos dois sentidos da estrada mensalmente, e 36% desse número corresponde a transporte de carga, incluindo produtos químicos, carnes e minérios.

Segundo o Ministério dos Transportes, a Dutra “desempenha um papel crucial na economia brasileira”, por onde passa metade do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A previsão é que, no ápice das obras, haja 34 pontos de trabalho simultâneos nos oito quilômetros de serra.

Curto, o trecho correspondente à serra — entre as cidades de Piraí (Km 225) e Paracambi (Km 233) — é marcado por curvas sinuosas e pelo risco de acidentes, que deve ser reduzido após as obras. Esse detalhe foi ressaltado em abril, na assinatura da ordem de serviço que garantiu o novo traçado da Serra das Araras, com a presença do governador Cláudio Castro e do ministro dos Transportes, Renan Filho.

No novo trajeto, a atual pista de descida deixará de ser usada. Já a pista de subida orientará a duplicação da via na serra, que terá quatro pistas de rolamento em cada sentido, além de acostamento de 2,5m de largura.

Ao todo, serão construídos 24 viadutos, projetados para tornar as curvas menos acentuadas. Além disso, serão criadas duas rampas de escape, em que vão ser montadas caixas cheias de brita, usadas para “salvar” caminhões que perdem os freios na descida da serra.

O projeto ainda deixará o trecho da serra totalmente iluminado. O valor da obra é de R$ 1,5 bilhão, parte dos R$ 14,8 bilhões previstos em investimentos da CCR RioSP ao longo dos próximos 30 anos, na Dutra e na Rio-Santos, sob sua concessão após leilão realizado em outubro de 2021.

Fonte: O Globo

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