Seleção se apoia no Nordeste, mas tem poucos jogadores da região

O jargão mais conhecido da ditadura militar (1964-85) era “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

Em se tratando da relação da seleção do país com os Estados nordestinos, um arremedo poderia ser: “Nordeste, ame-o e deixe-o”.

Nenhuma região do país acolhe tão bem a equipe nacional, muito embora o Nordeste tenha sido historicamente tão pouco representado na seleção brasileira.

Parece, aliás, que a CBF e a comissão técnica sabiam que seria necessário um entusiasmo adicional no início das eliminatórias ao decidirem começar a campanha em casa pelo Nordeste.

A derrota por 2 a 0 para o Chile na estreia, na quinta-feira (8), amplia a pressão sobre o time de Dunga, que atua pela primeira vez como mandante nestas eliminatórias na terça-feira (13), contra a Venezuela, em Fortaleza.

É preciso ganhar, e a capital do Ceará tem, por tradição, dado apoio irrestrito ao Brasil. “A seleção tem que ir aonde gostam de nós, e aqui gostam de nós”, disse Dunga, no fim de setembro, em um evento em Fortaleza.

Um exemplo do incentivo nordestino à seleção remete ao ano de 1993, na sofrida eliminatória para a Copa-1994, quando o criticado Brasil de Carlos Alberto Parreira deslanchou depois de um 6 a 0 sobre a Bolívia, no Recife, com muitos aplausos.

A partida aconteceu uma semana depois de a seleção ser achincalhada no Morumbi, em São Paulo, mesmo vencendo por 2 a 0 o Equador.

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