Sangria do açude Gargalheiras aumenta e forma ‘véu de noiva’ celebrado por sertanejos; veja vídeo

Sangria do açude Gargalheiras forma 'véu de noiva' nesta sexta-feira (5) — Foto: Hugo Andrade/Inter TV Cabugi
Sangria do açude Gargalheiras aumenta e forma 'véu de noiva' - Imagens: Cléber DantasSangria do açude Gargalheiras forma 'véu de noiva' nesta sexta-feira (5) — Foto: Hugo Andrade/Inter TV CabugiApós 13 anos, açude Gargalheiras inicia sangria e sertanejos comemoram com fogos e orações

A sangria do açude Gargalheiras, em Acari, na região do Seridó do Rio Grande do Norte aumentou e formou o esperado ‘véu de noiva’, celebrado pelos sertanejos, na manhã desta sexta-feira (5).

O véu de noiva é formado pelo aumento do volume de água que transborda do reservatório, escondendo a parede de mais de 20 metros de altura por onde a água escorre.

? Contexto: A “sangria” é o termo usado quando o reservatório chega à sua capacidade máxima e transborda. Patrimônio histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico do Rio Grande do Norte, o Gargalheiras serviu de locação para o filme “Bacurau” em 2018 e é um dos maiores açudes do estado.

Durante a manhã desta sexta-feira (5), a lâmina de água – a distância entre a parede e a superfície da água que transbordava – era de 24 centímetros.

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A sangria começou na noite de quinta-feira (3), ainda tímida, mas houve fogos, orações e muita comemoração no local. Centenas de pessoas aguardavam a sangria às margens do Gargalheiras.

Desde a segunda-feira (1º), moradores da cidade de Acari e da Região Seridó faziam uma espécie de “vigília” às margens do açude à espera da sangria. Na madrugada desta quarta-feira (3), por exemplo, houve forró, churrasco e até festa de aniversário no local.

O açude de Gargalheiras tem capacidade para armazenar mais de 44 milhões de metros cúbicos de água. Para se ter ideia do tamanho desse reservatório, ele é suficiente para abastecer uma população de 56 mil pessoas por cerca de 4 anos.

Desde a última sangria, em 2011, o Gargalheiras passou por momentos difíceis com a falta de chuvas na região, chegando a ficar completamente seco em alguns momentos entre os anos de 2017, 2018 e 2019.

Num desses momentos sem água, o açude serviu de cenário para o filme brasileiro “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, lançado em 2019.

Kleber Mendonça, inclusive, compartilhou em uma rede social imagens que mostram o Gargalheiras em 2018, durante as gravações do filme, e neste mês de abril de 2024 (veja abaixo).

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Em cerca de 40 dias, o açude de Gargalheiras saiu de 1% de volume de água para a sangria. Em 22 de fevereiro, o açude tinha 1,63% do volume de água, de acordo com o Instituto de Gestão de Águas do RN (Igarn).

No relatório semanal mais recente divulgado pelo instituto, na quinta-feira passada (28), o Açude Gargalheira apresentava 36% de acúmulo de água – e esse já era o maior volume registrado no reservatório desde 2012.

Além das chuvas que caíram nos últimos dias no estado, o aumento no nível do Gargalheiras foi impulsionado também pela sangria do Açude Dourado, em Currais Novos, que levou parte da água para o açude de Acari.

Fonte: G1 RN

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