Para o médico-psiquiatra Salomão Gurgel, grande parte dos suicídios registrados poderia ser evitada. De que forma? Primeiro a Família ter a coragem de encarar que quem tenta o suicídio está doente, e precisa de ajuda. E imediatamente, já na primeira tentativa de tirar a sua vida, procurar ajuda de um profissional médico capacitado para tratar de sua doença. “Não adianta a gente ficar alarmada. É preciso que as pessoas comecem a se conscientizar que, quem pratica o suicídio, essas pessoas são doentes, e a família não quer admitir isso. Elas precisam de ajuda, e ajuda médica, e mais concretamente, ajuda psiquiátrica. Essas pessoas, ou tem uma psicose ou na maioria das vezes, uma depressão grave, que deve ser tratada pelo psiquiatra”, explicou.
A ajuda da Família ou das pessoas próximas, na avaliação de Dr. Salomão Gurgel é primordial para quem tem tendência ao suicídio. E os sinais de alerta são dados pelas próprias vítimas, já a partir da primeira tentativa. “O suicida é um sofredor. No seu interior está pedindo ajuda. 95% das pessoas que tentam ou concretizam o suicídio, elas pedem socorro e falam para alguém, ou ao pai, a mãe, a um amigo, a um padre, ou pastor que querem morrer, que tem um pensamento de morte. Só que a gente ignora… e isso não resolve o problema. Quando alguém fala em suicídio é porque já está querendo morrer… Apesar da tendência ao suicídio, elas também tem momentos que pedem ajuda e não querem morrer. Nós ignoramos o pedido de ajuda delas. Devemos estar atentos, podemos diminuir muito a concretização do suicídio se nós estendermos a mão a quem nos pede ajuda”, finalizou.
Confira a entrevista: