Rússia destrói primeiro tanque dos Estados Unidos na Guerra da Ucrânia

Tanque Abrams foi destruído por um drone
Tanque Abrams foi destruído por um drone — Foto: Reprodução

Parceiro da Ucrânia na guerra, os Estados Unidos tiveram seu primeiro tanque destruído no conflito contra a Rússia. Um tanque Abrams foi atingido na zona de uma operação especial na direção de Avdiivka, a 700 quilômetros de Kiev. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou em setembro do ano passado a chegada dos Abrams para impulsionar a contraofensiva contra as tropas russas.

— Nossos militares relataram a destruição dos primeiros Abrams na área Avdiivka. Talvez este seja o veículo que foi mostrado pelas Forças Armadas da Ucrânia em um vídeo de propaganda antes da libertação de Avdiivka. Nesse momento, o carro foi atendido e não foi levado para a linha de contato — disse Yan Gagin, o conselheiro do chefe da República Popular de Donetsk (RPD), ao veículo local RIA Novosti.

Um jornal ucraniano já havia reportado o uso dos tanques norte-americanos nesta região há pelo menos um mês. Considerado o principal tanque dos Estados Unidos, esse tipo de veículo altamente tecnológico é equipado com um canhão de 120 milímetros, projetado para destruir outros tanques. Com mais de 60 toneladas e construído para andar sobre esteiras, em vez de rodas, o Abrams suporta travessias em terrenos acidentados, intransitáveis para caminhões, por exemplo.

As imagens da destruição do equipamento norte-americano foram acompanhadas por mensagens de ameaça e promessa de mais destruição. Segundo os representantes do Kremlin, equipamentos estrangeiros encontrados pelas tropas russas terão “o mesmo destino” do tanque Abrams.

O casco desse tipo de veículo, que opera desde 1980, é revestido de blocos de blindagem sofisticados, destinados a oferecer um grau de proteção contra ataques diretos de tiros e mísseis inimigos. Nas versões modernas, há ainda camadas de armadura de urânio que garantem uma proteção maior para os soldados que estão na parte de dentro.

Washington resistia ao envio do equipamento, alegando que seus Abrams — os tanques mais modernos do arsenal americano — consomem muita gasolina, têm manutenção custosa e seria muito difícil abastecê-los no campo de batalha. Contudo, em janeiro de 2023, a imprensa americana noticiou que Washington havia se convencido de que os americanos precisariam ceder para convencer Berlim a autorizar o envio de tanques Leopards.

Os 31 Abrams, equivalente a um batalhão ucraniano, foram comprados diretamente do fabricante e mandados para Kiev. Fontes do governo enfatizaram ao Washington Post, na época, que o envio fazia parte de uma estratégia a longo prazo para o Exército de Kiev, ao invés de algo imediato.

Fonte: O Globo

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