Rio Grande do Sul tem 800 casos suspeitos de leptospirose

rio grande do sul enchentes
Na imagem, região central de Porto Alegre com enchentes

O Lacen (Laboratório Central) do Rio Grande do Sul afirmou neste sábado (25.mai.2024) que analisa mais de 800 amostras de casos suspeitos de leptospirose.

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul diz acompanhar a alta das prováveis contaminações associadas às enchentes e, consequentemente, ao aumento da exposição da população à doença.

O órgão declarou que o Lacen tem 2 tipos de testes para o diagnóstico da leptospirose: 1 de biologia molecular, conhecido como RT-PCR, e outro sorológico.

O RT-PCR detecta a bactéria presente no organismo do paciente. É indicado para a análise de amostras coletadas nos primeiros dias de indícios da doença. Podem ser analisadas por esse método amostras de pacientes com até 7 dias de sintomas.

Já o diagnóstico sorológico detecta o anticorpo produzido pelo organismo do paciente em resposta à infecção causada pela bactéria leptospira. O exame é indicado para a análise de amostras de quem apresenta sintomas há 7 dias ou mais.

Os exames estão disponíveis para todos os considerados suspeitos e que foram expostos às enchentes. O laboratório recebe amostras das 7h às 19h.

Até a última 5ª feira (23.mai), o Rio Grande do Sul registrava 1.072 notificações de leptospirose e 54 casos confirmados, além de 4 mortes confirmadas para a doença e outras 4 em investigação.

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda. É transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados –principalmente ratos. O contágio pode se dar a partir de lesões na pele ou mesmo em pele ilesa se imersa por longos períodos em água contaminada.

A infecção também pode ser transmitida por meio das mucosas. O período para o surgimento dos sintomas pode variar de 1 a 30 dias. As principais características da leptospirose são febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios.

Ao apresentar sintomas, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar se houve exposição. O uso do antibiótico, conforme orientação médica, está indicado em qualquer período da doença, mas a eficácia costuma ser maior na 1ª semana do início dos sintomas.

“Não é necessário aguardar o diagnóstico laboratorial para o início do tratamento”, diz a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Poder360

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