Reunião econômica do G20 deve ter comunicado final mais curto que o tradicional, diz secretária

Reunião de vice-ministros da Fazenda e vice-presidentes de Bancos Centrais do G20, na segunda-feira
Reunião de vice-ministros da Fazenda e vice-presidentes de Bancos Centrais do G20, na segunda-feira — Foto: Kelly Fersan

Vice-ministros de Finanças e vice-presidentes dos Bancos Centrais dos países do G20 irão focar, no segundo dia da reunião econômica do grupo, realizada em São Paulo, na redação de um comunicado conjunto “curto”, que será remetido aos titulares das pastas, que se reunirão no prédio da Bienal a partir desta quarta-feira.

De acordo com a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e coordenadora da Trilha das Finanças do G20, Tatiana Rosito, o comunicado será “mais curto que o tradicional”, mas deve refletir “as prioridades brasileiras” na Presidência do grupo.

— Estamos avançando em direção a um comunicado curto, que reflita as prioridades brasileiras e dê orientações para a trilha financeira, para o conjunto dos grupos de trabalho e iniciativas ao longo do ano — afirmou Rosito, em um briefing à imprensa na manhã desta terça-feira.

Ainda de acordo com a secretária, o texto final — que será apresentado pelos ministros e presidentes de Bancos Centrais na quinta-feira — deve apresentar as considerações dos titulares sobre economia global, riscos e oportunidades e prioridades para este ano, mas também servir como uma orientação geral para os grupos de trabalho.

Ainda no pronunciamento à imprensa, a secretária mencionou o lançamento do programa Eco Invest Brasil, anunciado ontem pelo governo brasileiro, como um ponto de convergência entre os trabalhos desenvolvidos nos grupos de trabalho e forças-tarefa da “Trilha das Finanças do G20” e medidas concretas no âmbito de política pública.

— Nos grupos [de trabalho] da Trilha de Finanças, essa é uma das prioridades brasileiras. No grupo de finanças sustentáveis, temos uma prioridade que é identificar modelos concretos de blended finance, que possam ser replicados — afirmou Rosito. — No grupo de infraestrutura, uma das quatro prioridades elencadas pelo Brasil é a mitigação do risco cambial para investimentos de infraestrutura de longo prazo. Estamos mostrando que o Brasil tem propostas concretas que podem ser apresentadas.

O Eco Invest Brasil terá recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que irá desembolsar US$ 5,4 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões), sendo US$ 2 bilhões em linhas de crédito e US$ 3,4 bilhões voltados para cobertura cambial. O objetivo é incentivar os investimento de longo prazo em setores que fazem parte do plano de transformação ecológica.

Fonte: O Globo

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