Relatório da PF sobre caso Marielle tem mais de 470 páginas

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, detalharam informações sobre o caso Marielle -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, detalharam informações sobre o caso Marielle - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que o relatório da corporação sobre os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes tem mais de 470 páginas e aponta que Chiquinho Brazão e Domingos Brazão foram os mandantes. De acordo com Andrei, as motivações para o crime foram diversas, mas especialmente envolvem divergências sobre legalização de terras no estado.

“Neste momento, a PF encerra essa atuação apontando não só os mandantes, mas também os executores. Mas isso não impede que outras situações sejam analisadas. Não houve uma só motivação. Mas um conjunto de fatores de políticos de oposição. Existe um fator envolvendo milícia, disputa de por regularização fundiária”, explicou.

“Assim como o ministro, não me aprofundei nas 479 folhas do relatório. Mas havia uma intromissão indevida para desviar o foco das investigações dos verdadeiros mandantes do crime”, disse.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, destacou que, na avaliação dele, existem elementos suficientes para que o Ministério Público Federal (MPF) apresente denúncia contra os envolvidos no crime.

“O relatório da PF está pronto, com mais de 470 páginas. Já consta nos autos. Esta etapa está concluída. O material já deve permitir que o MPF apresente uma denúncia, se for o caso. Evidentemente não há prazo para o oferecimento da denúncia. É um caso extremamente complexo. A impressão que temos é de que existem elementos suficientes nos autos para apresentação de uma denúncia”, disse Lewandowski.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou as prisões preventivas de Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e do ex-chefe da Polícia Civil no Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. O magistrado retirou o sigilo das investigações.

Fonte: Correio Braziliense

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