O primeiro-ministro Rishi Sunak anunciou nesta quinta-feira que o Reino Unido voltará a integrar o programa de pesquisa e inovação europeu Horizon, após dois anos de ausência devido à saída dos britânicos da União Europeia, que excluiu os institutos de pesquisa do país desse programa bilionário de cooperação. A decisão foi saudada pela comunidade científica, e Londres já planeja um retorno a outras iniciativas do bloco.
O regresso do Reino Unido para o Horizon após o Brexit sela os esforços de reaproximação observados desde a nomeação de Sunak como chefe de governo, há quase um ano.
“Sempre defendi nossos cientistas e líderes inovadores mundiais”, declarou Sunak na rede social X, antigo Twitter. “Estamos aderindo ao Horizon em termos financeiros melhores, aumentando os benefícios para os cientistas do Reino Unido com uma melhor relação custo-benefício para o contribuinte britânico. Todos os cientistas do Reino Unido podem começar a se inscrever hoje mesmo.”
Em comunicado, Sunak ainda enfatizou que esse acordo “abre oportunidades de pesquisa sem precedentes”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyern, também saudou a iniciativa.
— A UE e o Reino Unido são parceiros e aliados estratégicos fundamentais, e o acordo hoje celebrado demonstra isso — afirmou a chefe do Executivo europeu.
O Reino Unido também retornará para o programa de observação da Terra Copernicus e planeja voltar para o Erasmus, o programa de intercâmbio universitário da UE. Segundo a Comissão Europeia, Londres contribuirá com cerca de 2,6 bilhões de euros (quase R$ 14 bilhões) por ano para a sua participação no Horizon e no Copernicus.
Por outro lado, Londres não participará no programa nuclear Euratom, pois prefere avançar com o seu próprio programa.
Há um ano, o Reino Unido lançou um apelo contra a sua exclusão dos programas europeus de investigação científica, utilizando uma disposição do acordo pós-Brexit.
A presidente da Universities UK, órgão que representa as universidades britânicas, Sally Mapstone, comemorou o resultado anunciado nesta quinta-feira.
— Toda a comunidade científica, dentro e fora das nossas universidades, ficará encantada em saber que um acordo foi alcançado — afirmou. (Com AFP)
Fonte: O Globo