Recuperação da visão foi o milagre atribuído a Irmã Dulce

O milagre atribuído à intercessão de Irmã Dulce é ligado à visão. De acordo com dom Murilo, embora ainda não se possa dar muitas informações, um homem que há 14 anos estava cego suplicou a intercessão da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres para aliviar o seu sofrimento. Na manhã do dia seguinte, ao acordar, estava enxergando. “Foram colhidos testemunhos de médicos, de pessoas que conheciam esta pessoa que recebeu o milagre. Enfim, foi feito um processo muito bem elaborado, e esse processo foi encaminhado para Roma”, disse o arcebispo.

“Em Roma, um fato como este passa por uma primeira comissão, que é a comissão de médicos especialistas naquele campo da saúde em que houve algo extraordinário. Não importa se o médico é católico, de outra igreja ou ateu, o que importa é que ele seja especialista na matéria e que possa testificar que, realmente, não há uma explicação científica para aquele acontecimento. A maioria dos fatos não é aprovada por esta comissão”, esclareceu dom Murilo.

A segunda etapa desse processo acontece quando o fato é direcionado a uma comissão de teólogos, que é mais severa do que a comissão de médicos, já que alguns precisam tentar provar que não houve nada de extraordinário, não houve milagre. Após passar por esta comissão, o caso é levado para uma comissão formada por cardeais, que estuda o parecer dos médicos e dos teólogos e apresenta um parecer para o Papa.

O médico perito, Sandro Barral, das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), foi o primeiro a ter contato com o miraculado. De acordo com ele, os exames são de um paciente cego, mesmo ele já enxergando. “Os exames mostram uma visão extremamente comprometida. Ele era uma pessoa que andava com cão-guia e agora enxerga normal. A doença dele começou no ano de 1998 e ele foi, progressivamente, perdendo a visão”, contou o médico.

Para Maria Rita Lopes Pontes, sobrinha de Irmã Dulce e superintendente da OSID, a notícia é uma verdadeira graça. “Nós já esperávamos, mesmo sabendo que foi tudo muito rápido. Esse caso, quando puder ser divulgado, ele vai ser um caso de superação. Não só por ter preenchido os três requisitos de um milagre: instantâneo, duradouro e que a ciência não explica, mas um caso de superação da pessoa, que tem muita fé, muita força, muita resiliência. E eu acho que a gente deve se espelhar, também, na vida dessa pessoa, para que quando a gente estiver em um momento de dificuldade possamos confiar em Deus”, afirmou.

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