Real é a moeda que mais se desvalorizou no mundo em abril

cédulas
Na imagem, cédulas de real (R$) e uma de dólar (US$)

O real é a moeda que mais desvalorizou no mundo em abril em relação ao dólar. Caiu 5,1% até esta 3ª feira (16.abr.2024), segundo levantamento encaminhado pelo economista Alex Agostini, da agência de risco Austin Rating, ao Poder360. O desempenho foi pior do que de países da América Latina, como Uruguai (-3,4%), México (-2,3%) e Argentina (-1,3%), e do que de Israel (-2,6%), que está em guerra.

O dólar está cada vez mais caro no Brasil. Fechou o dia aos R$ 5,26, com alta de 1,72%. Os dados consideram a cotação Ptax, a taxa de câmbio usada pelo BC (Banco Central).

A revisão dos objetivos fiscais do governo, atrasando a previsão de superavit, e a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos foram os principais responsáveis pelo mau humor dos investidores.

Leia o infográfico abaixo com a desvalorização das principais moedas na parcial de abril:

No ano, o real foi a 10ª moeda que apresentou maior desvalorização: a queda foi de 8%. A libra egípcia foi a que mais recuou frente ao dólar (-36,3%), seguida pela libra do Sudão do Sul (-31,1%).

O peso argentino aparece na 12ª posição, com desvalorização de 7%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 3ª feira (16.abr) que o cenário internacional explica “2/3 do que está acontecendo no Brasil” em relação ao dólar. Citou o conflito no Oriente Médio e a inflação nos EUA.

“Tem muita coisa que está fazendo com que o mundo esteja atento ao que está acontecendo nos EUA e o dólar está se valorizando frente às demais moedas. Diria que isso não explica tudo o que está acontecendo no Brasil, mas que explica 2/3”, declarou a jornalistas durante viagem a Washington (EUA).

O Poder360 mostra abaixo a trajetória da cotação do dólar desde o início do Plano Real. Leia o infográfico abaixo:

Na cotação do mercado financeiro, o dólar fechou a R$ 5,27, com alta de 1,64%. Esse é o maior patamar desde 23 de março de 2023.

Na semana, subiu 2,91%. No ano, avançou 8,59%.

Fonte: Poder360

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