Jovens de 15 a 29 anos representaram 49,2% do total de homicídios no Brasil em 2022, segundo dados do Atlas da Violência, divulgado nesta 3ª feira (18.jun.2024) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) junto ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Ao todo, foram 22.864 pessoas mortas nesta faixa etária, uma média de 62 por dia, no ano em que o país registrou 46.409 assassinatos. Eis a íntegra do relatório (PDF – 4 MB).
De cada 100 jovens de 15 a 29 anos que morreram no Brasil por qualquer causa, 34 sofreram homicídio. Considerando toda a série histórica (2012-2022), o número de jovens vítimas da violência no Brasil chegou a 321.466 – uma perda de 15.220.914 anos potenciais de vida.
Contudo, houve uma diminuição de 33,5% na violência letal contra a juventude entre 2017 e 2022. Em comparação com o ano de 2021, a taxa de homicídios registrados a cada 100 mil jovens passou de 49,0 para 46,6, indicando redução de 4,9%.
De 2012 a 2022, houve 2.153 homicídios de infantes (0 a 4 anos), 7.000 de crianças (5 a 14 anos) e 94.970 homicídios de adolescentes (15 a 19 anos).
Na 1ª infância, houve estabilidade em relação ao ano anterior. Contra crianças, houve uma redução de 7,7%. Já entre os adolescentes, a queda foi de 11,7%.
Em 2022, a vitimização de pessoas negras –soma de pretos e pardos– correspondeu a 76,5% de todos os registros de homicídios no país. Esse número equivale a 35.531 vítimas, o que corresponde à taxa de 29,7 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Em relação às pessoas não negras, ou seja, brancas, indígenas e amarelas, a taxa em 2022 era de 10,8, com 10.209 homicídios em números absolutos. Dessa forma, para cada pessoa não negra assassinada no Brasil, 2,8 negros são mortos.
Fonte: Poder360