Quando começa o inverno? veja o que esperar para a próxima estação

No inverno de 2012, foto do Cristo Redentor 'escondido' pelas nuvens
No inverno de 2012, foto do Cristo Redentor 'escondido' pelas nuvens — Foto: Custódio Coimbra

O inverno começa na próxima quinta-feira (20) e deve trazer alívio para as temperaturas que têm se mantido acima da média. Uma massa de ar seco instalada sobre o Brasil deve se estender até os últimos dias do outono, segundo a Climatempo. Apesar da expectativa para a estação, dias de muito frio não devem ser o padrão. Durante a estação, em função das inversões térmicas no período da manhã, são comuns as formações de nevoeiros ou névoa úmida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com redução de visibilidade, especialmente em estradas e aeroportos.

Segundo meteorologistas, não são esperados extremos de frio ou calor, mas sim um equilíbrio entre os dois. Há uma tendência para mais dias com temperaturas mais elevadas que o normal, mas ainda assim períodos de frio ao longo da estação.

Além de uma menor incidência de radiação solar, a estação se caracteriza também pelas incursões de massas de ar frio, oriundas do sul do continente, que provocam queda na temperatura do ar, resultando em valores médios inferiores a 22ºC sobre a parte leste das regiões Sul e Sudeste do Brasil, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.

Essa diminuição de temperatura pode ocasionar: formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e em Mato Grosso do Sul; queda de neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul e episódios de friagem em Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.

O Brasil está enfrentando um fenômeno chamado de veranico, com dias secos, estiagem e temperaturas acima da média. O fenômeno climático deve afetar a maior parte do Brasil durante os últimos dias do outono. O impacto deve ser sentido especialmente na região centro-sul do país até a chegada do inverno, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O fenômeno é causado por uma forte massa de ar seco, estacionada sobre o Sudeste, que continua atuando sobre o Brasil e afetando o clima em todas as regiões do país. A baixa umidade do ar dificulta a formação de nuvens e ocorrência de chuva na maior parte do Brasil, provocando um período de estiagem.

Este acontecimento é comumente visto durante as épocas de chuva, ou seja, o verão, mas também pode ocorrer durante o inverno e outras estações. Por causa deste veranico, muitas áreas do país estão tendo temperaturas bem acima do que seria normal para o mês de junho. O calor fora de época é observado inclusive no Sul do país.

Segundo o Inmet, a estação é marcada pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte das regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto os maiores volumes de precipitação (chuva) ficam concentrados sobre o noroeste da Região Norte, leste da Região Nordeste e parte da Região Sul do Brasil.

“A redução das chuvas em grande parte do país nesta época do ano acontece devido à persistência de massas de ar seco, que ocasionam a diminuição da umidade relativa do ar, o que consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, bem como aumento de doenças respiratórias”, explica o Inmet.

Segundo o Climatempo, a formação e gradual intensificação de um novo episódio do fenômeno La Niña terá influência no padrão de temperatura e de precipitação no decorrer do inverno 2024. É mais provável que o La Niña comece oficialmente entre julho e agosto.

Tempo seco em todas as áreas, especialmente no interior de São Paulo e Minas Gerais, segundo Climatempo, que acrescenta ainda que o norte de SP, Triângulo Mineiro e noroeste de MG, poderão passar os meses de julho e agosto inteiros sem chuva nenhuma. Infiltração marítima pode provocar baixos volumes e chuvas fracas no ES e leste de MG principalmente em julho. No litoral de SP e RJ, chuvas menos frequentes do que o normal, mas que podem ser volumosas durante a passagem de frentes frias.

Já as temperaturas ficam acima da média em SP, Triângulo Mineiro e sul de MG; um pouco acima da média no RJ, litoral do ES e noroeste de MG. Nas demais áreas do estado de MG e interior do ES, o ar seco favorece forte perda radiativa durante as madrugadas, e por isso elas tendem a ser mais frias que o normal em muitas áreas, mas as tardes ainda serão moderadamente quentes. Bloqueios favorecem geadas frequentes na Serra da Mantiqueira.

Fonte: O Globo

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