O PSOL está preparando uma agenda com 12 pontos que deverão ser levados à discussão programática com o PT. O tema será tratado na primeira reunião da executiva nacional da legenda deste ano, marcada para esta sexta-feira (11).
Em um congresso realizado em setembro passado, o PSOL definiu por 56% a 44% que iria apoiar a campanha do ex-presidente Lula (PT) e não iria lançar candidato próprio ao Planalto. Essa decisão ainda deve ser confirmada em uma conferência da legenda prevista para abril.
A condição para o apoio do PSOL era justamente que o PT adotasse um programa de governo que contemplasse a esquerda. Nesta sexta-feira, serão levantados os temas que deverão ser levados à mesa de discussões com o PT em busca da construção de unidade.
Os três principais eixos que deverão ser defendidos pelo PSOL são a revisão do teto de gastos e de reformas promulgadas nos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL); políticas ambientais, entre elas a transição energética e o desmatamento zero; e a implementação de uma reforma tributária.
Membros do partido pregam a taxação de bilionários com o objetivo de financiar um programa de transferência de renda. Apesar de o PSOL se declarar contra a formação de uma chapa entre Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin (ex-PSDB, hoje sem partido), líderes da legenda admitem que o apoio ao petista deve ser mantido de qualquer forma.
Da Folha de São Paulo