Professor da UERN é primeira morte confirmada por coronavírus no RN

O professor do Departamento de Química da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern), Luiz Di Souza (61 anos) é a primeira morte confirmada do novo coronavírus no Rio Grande do Norte. A informação foi confirmada pelas secretarias de comunicação da Prefeitura de Mossoró e a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte na noite deste sábado, 28. 

O paciente estava internado e já tinha teste confirmado do vírus, inclusive sendo listado no Boletim Epidemiológico divulgado na manhã deste sábado (28) pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap). Segundo nota do Governo do Estado, a vítima tinha histórico de diabetes. O paciente deu entrada em hospital privado na cidade de Mossoró no dia 21 de março, na última sexta-feira (27) teve a confirmação que estava com a Covid-19, indo a óbito na noite deste sábado. 

Luiz Di Souza era muito querido pelos alunos da instituição e circulavam na internet vários vídeos com mensagens de esperança pela recuperação do professor. Lotado no Departamento de Química, da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais, o professor trabalhou durante mais de 20 anos na universidade. Entre seus projetos, destaca-se o grupo Fanáticos da Química, que utiliza a linguagem lúdica na popularização da Ciência.

Em nota, a UERN agradeceu “sua dedicação e o relevante trabalho em todos esses anos” e decretou luto oficial com hasteamento da bandeira a meio mastro. A nota afirma que, “devido aos riscos da doença, não haverá velório”.

Pelo menos três outras mortes por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, estão sendo investigadas pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) no Rio Grande do Norte (Sesap-RN), sendo dois em Assu, cidade do Oeste potiguar a 208 quilômetros de Natal, e um Parnamirim, na Grande Natal. Antes, eram quatro. Um dos casos de Assu foi descartado. 

 “A investigação de óbitos não foi concluída. Antes da conclusão, a investigação é um trabalho demorado, que você tem que estudar desde o vínculo epidemiológico, o prontuário médico, a escuta dos profissionais para se chegar a uma conclusão. Momentaneamente, em função da epidemia, os casos de óbitos com suspeita ou diagnóstico clínico não precisam ir para Serviço de Verificação de Óbitos, porque o sistema não daria conta. Esses resultados não temos hoje ainda”, explicou na sexta-feira o secretário estadual de Saúde Pública, Cipriano Maia.

Da Tribuna do Norte

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