A previsão do tempo e a análise de riscos de enchentes e deslizamentos seguem sugerindo alerta à população em várias áreas do país nesta segunda-feira, sobretudo no Sudeste, região já castigada nos últimos dias. A intensidade das chuvas tende a diminuir e já não há mais alertas máximos de “alto risco” do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Mesmo assim, a situação ainda é delicada e aspira cuidados – inclusive em outras regiões.
Ao todo, 25 pessoas morreram até agora por conta das chuvas. Dezessete vítimas no Espírito Santo (12 em Mimoso do Sul e 5 em Apiacá), onde moradores afirmam que o número tende a ser ainda maior, e outras oito no Rio de Janeiro (4 em Petrópolis, 1 em Teresópolis, 1 em Duque de Caxias, 1 em Arraial do Cabo).
De acordo com o Inmet, há alerta laranja de perigo por conta das chuvas em regiões dos estados do Amazonas, Maranhão, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte, Roraima, Amapá, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Tocantins, Minas Gerais e São Paulo, por conta da possibilidade de chuvas entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos, de 60 a 100 km/h, além de risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
Ainda segundo o Inmet, há alerta de risco moderado em quase todo o país, com exceção apenas dos estados do Sul e em Alagoas, Sergipe e Pernambuco.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do governo federal, por sua vez, analisa os riscos de incidentes nas regiões mais atingidas. Segundo os técnicos, é moderada a possibilidade de pancadas de chuva de intensidade moderada a forte, podendo deflagrar alagamentos e inundações urbanas, nas regiões da Zona da Mata, no estado de Minas Gerais, Sul e Central do Espírito Santo, e em todo o estado do Rio de Janeiro.
Ainda no Sudeste, há previsão de risco moderado de deslizamentos de terra, especialmente em encostas urbanizadas, além de eventuais “quedas de barreira” às margens de rodovias, nas regiões do Vale do Paraíba, em São Paulo (com destaque para a região litorânea), na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Sul, Centro, Noroeste e Norte Fluminense, assim como Sul Espírito-Santense, devido aos altos acumulados observados e ao solo próximo à condições de saturação, ainda que a previsão seja de chuva fraca com possibilidade de gerar baixos acumulados pluviométricos. Alerta-se ainda para a possibilidade de reativação de deslizamentos recentes.
No Norte do país, há risco moderado, segundo o Cemaden, de ocorrência de movimentos de massa em Manaus, no Amazonas, devido aos acumulados registrados nas últimas 24h e a possibilidade de pancadas de chuva.
Fonte: O Globo