Em entrevista ao Panorama 95 (Rural FM) desta quinta-feira (09), a presidente da Associação dos Pais de Alunos Excepcionais (APAE) de Caicó, Maria Gildete fez uma revelação intrigante. Segundo ela, 80% das deficiências em crianças de Caicó poderiam ser evitadas, e a grande maioria delas acontece na hora do parto, ou antes, dele.
“O RN é o Estado que mais têm deficientes, é um índice de 27%. A criança deveria ter um parto com equipe. Nós temos no nosso setor de fisioterapia quase 60 crianças, e 50% desse setor são crianças com paralisia cerebral que adquiriram a deficiência na hora do parto, passou da hora de nascer”, desabafou. Gildete diz não ter dúvida que a falta de estrutura na saúde do município de Caicó contribui bastante, para que o índice de deficiência em recém-nascidos continue crescendo.
“Se não existe uma política de prevenção, se a saúde não se preocupa com a prevenção das deficiências, se na hora do parto não existe uma situação adequada, uma equipe… a conclusão é de que a deficiência precisa ser evitada antes do bebê nascer, durante o pré-natal e na hora do parto. Toda regiao sabe da situação em que se encontra nossa Saúde. Isso leva a criança a nascer com sequelas e deficiência, porque não tiveram aquele momento precioso, onde o bebê nasce precisando de um pediatra, se precisar de UTI, ter a UTI. Apenas 20% das deficiências são congêneres ou de outra situação. 80% poderiam, ser evitadas”, finalizadas.
Ouça a declaração de Maria Gildete: