Prejuízos e alagamento: funcionários de instituições de ensino de Uruguaiana (RS) relatam efeitos do temporal na cidade

Temporal no município gaúcho de Uruguaiana
Temporal no município gaúcho de Uruguaiana — Foto: Divulgação/Prefeitura de Uruguaiana

O temporal que atingiu o oeste do Rio Grande do Sul no fim de semana afetou o funcionamento de estabelecimentos de ensino em Uruguaiana, com alagamentos e prejuízos. O município foi um dos mais atingidos pelas chuvas. Foram 560 casas alagadas.

De acordo com Vitória Santana, assessora do Colégio Marista Sant’ana, a tempestade derrubou um galho que danificou a escola.

— Tem uma árvore grande no pátio que caiu bem em cima do portão de entrada. A chuva não alagou a escola, mas causou esse prejuízo — contou Vitória Santana. Ela explicou que a área foi isolada e a manutenção já foi feita durante o fim de semana.

Funcionária da escola infantil Gente Miúda, Jéssica Curvello disse que as áreas mais afetadas da cidade foram os bairros Alexandre Zachia, no Cohab 1.

— Foi muita chuva. Algumas escolas municipais aqui da cidade ficaram praticamente debaixo d’água.

De acordo com a prefeitura da cidade, choveu 185 mm no intervalo de 34 horas e também causou danos ao Teatro Municipal Rosalina Pandolfo Lisboa, ao Centro Cultural Dr. Pedro Marini, ao Museu do Rio Uruguai e à Biblioteca Pública Municipal Luiz Guilherme do Prado Veppo.

O Instituto Federal Farroupilha, no bairro Cabo Luís Quevedo, foi um dos prédios atingidos pela chuva. O estacionamento do campus ficou debaixo d’água, afetando os carros estacionados.

Alexandre Moura, que trabalha na recepção do Instituto, disse que o trânsito na cidade ficou engarrafado por horas, com ruas do Centro, do bairro Alexandre Zachia e parte sul da cidade submersas.

— No bairro onde eu moro em Uruguaiana a rua ficou alagada, o Centro foi o mais afetado, principalmente na sexta-feira de manhã — afirmou.

Manuela, que trabalha na Biblioteca Municipal de Uruguaiana, no Centro, afirmou que o local ficou alagado. A casa da avó dela, em outra parte da cidade, também foi afetada pelas chuvas, mas sem gravidade. No entanto, ela contou que a vizinhança dela foi mais afetada.

— Minha rua ficou completamente alagada. Muitas casas foram danificadas pela chuva. Agora a situação melhorou um pouco — afirmou.

Neste domingo, o prefeito Ronnie Mello decretou estado de emergência no município “visando a busca de apoio junto ao Governo do Estado para a recuperação dos danos e dos prejuízos acumulados”. A prefeitura acrescentou que “caso haja a necessidade de remoção, o Exército Brasileiro também estará integrado às ações”.

As fortes chuvas foram provocadas por uma massa de ar quente e úmida que favorece a ocorrência de temporais no Sul do país até o meio da semana. No entanto, mais chuvas são esperadas, mas pela chegada de uma frente fria a partir de quarta-feira. Segundo o Metsul, a frente fria é um fator preocupante e que eleva o risco meteorológico.

Já o Inmet colocou praticamente todo o Rio Grande do Sul em algum nível de alerta. Parte do estado está em alerta amarelo, para chuvas intensas, com risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. A capital Porto Alegre está nesta condição.

O alerta vermelho cobre toda a região oeste do estado, justamente a que foi mais atingida pelas chuvas dos últimos dias. Neste nível, há risco de tempestades que provocam queda de granizo, rajadas de vento de até 100 km/h e causam estragos em plantações.

Fonte: O Globo

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