Prefeito de SP aciona Aneel e TCU para que municípios sejam consultados sobre concessões de energia elétrica

Desde 2018, a Enel é a concessionária responsável por distribuir energia elétrica para 24 municípios da Região Metropolitana de São Paulo.
Desde 2018, a Enel é a concessionária responsável por distribuir energia elétrica para 24 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. — Foto: Divulgação

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), vai fazer mais uma representação na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e no Tribunal de Contas da União (TCU) contra a Enel, após bairros do Centro de São Paulo ficarem até três dias sem luz nesta semana.

Nunes vai pedir que, nas concessões federais onde os serviços são realizados nas cidades, os municípios também tenham que dar aval na escolha da concessionária. Segundo o prefeito, o modelo atual deixa as cidades “de mãos atadas”. No modelo atual, é o governo federal que decide as concessões e fiscaliza os serviços. A Enel tem contrato para distribuir energia elétrica em São Paulo até 2028.

Pelo X, o emedebista disse que a prefeitura está “indignada com a falta de respeito da Enel com a população de São Paulo”.

O apagão em bairros como Santa Cecília, Vila Buarque, Higienópolis, Bela Vista e Consolação começou na segunda-feira (18). Segundo a Enel, o problema foi causado por uma obra da Sabesp, na Rua General Jardim, na Vila Buarque, que teria afetado a fiação subterrânea da rede elétrica durante uma escavação. Ao todo, 35 mil consumidores foram afetados.

Muitos moradores ficaram no escuro por mais de 24 horas, mas mesmo em alguns domicílios onde o serviço havia sido retomado, houve um novo apagão na tarde desta quarta-feira (20).

Esta não é a primeira ofensiva de Nunes contra a concessionária, responsável por distribuir energia elétrica para a cidade de São Paulo e mais 23 municípios da Região Metropolitana. No ano passado, o prefeito pediu a Aneel a rescisão do contrato com a Enel por causa das falhas ocorridas em novembro, que deixaram alguns consumidores até seis dias sem luz. Em fevereiro, a agência multou a empresa em R$ 165,8 milhões por “não prestar serviço adequado” em São Paulo.

Fonte: O Globo

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