Prefeita de cidade catarinense joga livros no lixo

Juliana Maciel
Prefeita de Canoinhas (SC), Juliana Maciel (PL) joga livros no lixo

A prefeita de Canoinhas (SC), Juliana Maciel (PL), publicou no Instagram, na 4ª feira (17.abr.2024), um vídeo em que joga livros no lixo. Segundo ela, as obras não seriam adequadas para crianças e adolescentes e outros prefeitos deveriam “fazer um pente fino” nas bibliotecas de suas cidades. 

Eu jamais jogaria um livro no lixo. Mas porcaria, numa biblioteca aqui do nosso município, não vai ter mais não”, declarou. Juliana disse que, com os livros, o PT “mais uma vez” induz a coisas que não fazem parte “dos valores” em que acredita. Conforme a prefeita, as obras não fazem parte do que “a família quer” que crianças e adolescentes aprendam.

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Juliana disse que os livros fazem parte do projeto Mundoteca. No vídeo, ela declarou que esse é um “programa do governo federal”. Em nota, a Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República afirmou que a iniciativa é “contemplada pela Lei Rouanet”. 

Conforme o governo, a ação “implanta bibliotecas públicas por meio de contratos com prefeituras, que têm plena autonomia da gestão sobre seus espaços de leitura”. 

Lê-se na na nota: “Aprovado a captar recursos por meio da Lei de Incentivo Cultural em 2018, o projeto foi executado entre 2019 e 2023. Apesar de acessar uma política pública de incentivo, a Mundoteca não é uma ação do governo federal”. 

O Planalto acrescentou: “Vale ressaltar que o governo federal não envia livros para escolas e espaços dos sistemas municipais e estaduais de educação sem que haja a devida solicitação dos materiais, realizada por gestores e educadores e escolhidos de maneira democrática nos conselhos de educação”. 

O comunicado incluí uma declaração da da FGM Produções, produtora cultural responsável pela iniciativa. 

Em cada unidade, é previsto em contrato assinado com as prefeituras das cidades contempladas um período no qual a gestão do espaço é feita pelo projeto Mundoteca, com contratação de educadores sociais e acompanhamento pedagógico. Após esse período, a gestão, a biblioteca e todos os seus recursos passam à gestão das próprias prefeituras”, disse. 

A unidade de Marcílio Dias, na cidade de Canoinhas, foi inaugurada no dia 19 de novembro de 2022 e gerida pelo projeto por um período de 8 meses, como previsto em contrato, não tendo qualquer vínculo com a atual gestão do governo federal. Após esse período, o gerenciamento do espaço e de seu acervo foram entregues ao poder executivo municipal”, completou. 

Fonte: Poder360

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