Polícia prende oito integrantes da ‘gangue do quebra-vidro’ em São Paulo

Paulistanos têm adotado estratégias para se protegerem da 'gangue do quebra-vidro', que aproveita o trânsito para roubar celulares
Paulistanos têm adotado estratégias para se protegerem da 'gangue do quebra-vidro', que aproveita o trânsito para roubar celulares — Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo

A Polícia Civil prendeu oito integrantes da ‘gangue do quebra-vidro’ em São Paulo, grupo que rouba celulares de carros que circulam no Centro da cidade. Foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão dois prédios na região.

A ação do 1º Distrito Policial (DP), da Liberdade, fez uma investigação para identificar os envolvidos nos crimes registrados na região. Geralmente, os criminosos aproveitam quando um veículo está parado no semáforo ou no congestionamento e usam pedras, brocas de videa (um material usado para construção) ou velas de ignição para quebrar os vidros.

Rapidamente, os bandidos pegam os celulares que estão na mão dos motoristas ou passageiros ou no painel do carro e entregam para outros integrantes do grupo criminosos. Como os aparelhos geralmente estão desbloqueados, os criminosos aproveitam para acessar os aplicativos de bancos para fazer transferências de Pix e outras movimentações financeiras. Depois, os celulares são vendidos a terceiros.

Nas buscas realizadas na última quarta (13), os policiais recolheram 11 celulares, sendo dois deles com registro de roubo, computadores e máquinas de cartão. Em outro apartamento, os investigadores recolheram porções de maconha e cocaína, munições e uma granada. As pessoas presas vão responder por associação criminosa, receptação e invasão de dispositivo informático. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, dos oito presos, sete já possuíam passagens pela polícia.

Reportagem do GLOBO desta quarta mostrou que o medo de ter o celular roubado no trânsito de São Paulo tem levado motoristas a buscar soluções para se protegerem, que vão desde buscar rotas menos arriscadas até medidas mais extremas, como a instalação de equipamentos proibidos para espantar criminosos, como o giroflex.

Na Rua Santa Ifigênia, importante via de comércio de produtos eletrônicos no Centro, giroflex, sirenes e outros itens que prometem fazer um carro comum se passar por uma viatura descaracterizada podem ser comprados a partir de R$ 90. O Código de Trânsito Brasileiro institui que dispositivos de alarme sonoro e de iluminação intermitente são permitidos somente para prestação de serviço de urgência. Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determina ainda que as luzes azuis e vermelhas são de uso exclusivo de veículos como bombeiros, viaturas policiais, ambulâncias e carros de fiscalização e operação de trânsito. O descumprimento das regras é considerado infração de natureza grave, o que rende multa de R$ 195,23, mais cinco pontos na carteira de motorista e a retenção do veículo.

Fonte: O Globo

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