Polícia investiga vereador que tentou abrir CPI contra padre Lancellotti

CPI proposta Rubinho Nunes buscava investigar a atuação de ONGs na região da Cracolândia, na cidade de São Paulo, e mirava o padre Júlio Lancellotti -  (crédito: Divulgação/Câmara Municipal de São Paulo e Reprodução/Instagram @padrejulio.lancellotti)
CPI proposta Rubinho Nunes buscava investigar a atuação de ONGs na região da Cracolândia, na cidade de São Paulo, e mirava o padre Júlio Lancellotti - (crédito: Divulgação/Câmara Municipal de São Paulo e Reprodução/Instagram @padrejulio.lancellotti)

A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito contra o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) para investigar um suposto abuso de autoridade após o parlamentar ter apresentado um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o padre Júlio Lancellotti. As informações são do g1.

A investigação contra o vereador foi determinada pelo Ministério Público. O órgão acatou um pedido do Instituto Padre Ticão, que afirmou que Rubinho divulgou mentiras contra o padre Lancellotti e propôs a CPI “mesmo sem qualquer indício de conduta criminosa por parte do pároco, com única motivação de produzir ganho pessoal de capital político”.

O promotor Paulo Henrique Castex avaliou que o caso merece ser esclarecido para apurar se houve conduta com repercussão criminal.

Nas redes sociais, o vereador Rubinho disse que vai estudar uma representação criminal contra os responsáveis pelo instituto por denunciação caluniosa eleitoral, “haja vista que aguardaram a eleição se avizinhar para apresentar a estapafúrdia denúncia”.

“Tudo isso é uma tentativa bizarra de intimidação para acobertar tanto o sr. Lancellotti quanto as ONGs que atuam na região central e lucram com a miséria. Isso pode até funcionar com outros políticos, mas comigo apenas serve de motivação para investigar”, disse o vereador.

Relembre o caso

Em dezembro do ano passado o vereador Rubinho Nunes apresentou um requerimento para a abertura de uma CPI pra “investigar as ONGs que fornecem alimentos, utensílios para uso de substâncias ilícitas e tratamento aos grupos de usuários que frequentam a região da Cracolândia”. Na época, o parlamentar afirmou, nas redes sociais, que queria convocar o padre Júlio Lancellotti para “prestar esclarecimentos” sobre sua atuação social no bairro.

O Correio tenta contato com a Polícia Civil e com o Ministério Público de São Paulo para saber mais informações sobre o caso, mas até a publicação desta matéria o jornal não obteve retorno.

Fonte: Correio Braziliense

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