A Polícia Federal investiga a atuação clandestina de um laboratório de medicamentos na capital mineira. O estabelecimento foi fechado após uma fiscalização da Vigilância Sanitária de Belo Horizonte motivada, de acordo com apuração da CBN, por uma denúncia anônima sobre manipulação clandestina de medicamentos.
Durante a vistoria, as irregularidades foram comprovadas. Com isso, o estabelecimento que funcionava na Avenida Augusto de Lima, no bairro Barro Preto, na Região Centro-Sul da capital, foi interditado. Segundo o denunciante, o material produzido no laboratório era encaminhado para o Chile, sem nota fiscal. Detalhes da ação são investigados.
Já o boletim de ocorrência da Polícia Militar informou que a fiscalização encontrou inúmeras substâncias injetáveis, algumas delas de controle da Polícia Federal. Ainda de acordo com apuração da CBN, o local também não possuía registro no Conselho de Farmácia para exercício das atividades.
Quando a PM e a fiscalização chegaram ao local, o laboratório estava em pleno funcionamento. Duas farmacêuticas representantes do laboratório, de 33 e 26 anos, apresentaram aos fiscais a documentação da loja, no entanto, sem alvará sanitário.
Ainda segundo a PM, medicamentos injetáveis e colírios estavam no estoque do laboratório, no entanto, as farmacêuticas não informaram a procedência dos produtos. Elas alegam que estabelecimento não funcionava para manipulação, apenas para armazenamento.
O Conselho Regional de Farmácia do Estado de Minas Gerais informou à CBN que apura as irregularidades sanitárias encontradas no local. A denúncia foi protocolada na instituição, que afirma estar em cooperação com as autoridades competentes para garantir o cumprimento das leis.
O laboratório foi fechado e nenhum material foi apreendido.
A Polícia Civil informou que abriu uma investigação para apurar o caso, porém o procedimento foi remetido à Polícia Federal, por envolver circunstâncias sujeitas à fiscalização federal e, também, devido ao envio, para outro país, dos medicamentos.
A CBN não conseguiu contato com representantes do estabelecimento.
Fonte: O Globo