Polícia Civil quer acesso a imagens de câmeras dos PMs que atenceram a ocorrência com Porsche em SP

Porsche que bateu em Renault Sandero neste domingo (31)
Porsche que bateu em Renault Sandero neste domingo (31) — Foto: Rômulo D'Ávila/ TV Globo

A Polícia Civil de São Paulo pediu acesso às imagens captadas pelas câmeras corporais dos policiais militares que atenderam à ocorrência envolvendo o acidente com um Porsche em São Paulo, no último domingo.

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Fernando Sastre de Andrade, de 24 anos, dirigia um Porsche 911 Carrera no bairro do Tatuapé, Zona Leste da cidade, quando bateu na traseira de um Renault Sandero e matou o condutor Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, que dirigia um carro de aplicativo. Avaliado em cerca de R$ 1 milhão, o carro de luxo estava a mais de 130 km/h, de acordo com a perícia.

Carlos Henrique Ruiz, delegado da 5ª Delegacia Seccional Leste, afirmou em coletiva de imprensa neste sábado que solicitou à PM as imagens, mas ainda não as recebeu. Ele disse, no entanto, não saber se os aparelhos acoplados às fardas dos PMs registraram imagens.

— Foram solicitadas as imagens por uma plataforma da PM, mas elas ainda não aportaram. Eu não tenho essa informação (se os agentes estavam com as câmeras corporais) — declarou o delegado.

Os policiais militares que atenderam à ocorrência deixaram Sastre ir embora sem que o teste do bafômetro tivesse sido feito. Os agentes alegam que a mãe do condutor chegou ao local e disse que levaria o filho para um hospital para tratar de um ferimento, mas eles não deram entrada em nenhum estabelecimento médico da região.

Sem a prova de uma eventual embriaguez — que é crime —, agora os investigadores devem analisar imagens registradas por câmeras de segurança de um bar e uma casa de pôquer pelos quais passou Sastre antes do acidente. Os registros podem ajudar as autoridades a entender se Sastre tinha bebido naquela noite.

Na quinta-feira, a Polícia Civil protocolou na Justiça um segundo pedido de prisão contra Sastre, desta vez preventiva. O Ministério Público de São Paulo se manifestou favoravelmente à solicitação, mas ela só deve ser analisada no Tribunal do Júri depois do fim de semana. Neste sábado, Ruiz comentou o pedido:

— A Polícia Civil entende que o autor (do crime) deve permanecer preso durante as investigações. Pelo poder econômico do autor, existe a possibilidade de ele se evadir do estado, até do país — declarou o delegado.

Fonte: O Globo

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