Polícia Civil investiga casos de extorsão e ameaça em semáforos de Natal

A Polícia Civil está investigando casos de crimes de ameaça e extorsão em semáforos de Natal. Um dos casos foi registrado por uma jovem que teve o limpador de para-brisa removido e trocado por um homem na avenida Engenheiro Roberto Freire.

Em entrevista à TV Tropical, a motorista contou como tudo aconteceu. “Parei no sinal e, como sempre, vinham rapazes oferecendo várias coisas. E esse em específico estava vendendo palhetas para trocar no carro. Ele insistentemente querendo que eu comprasse. Eu repetidamente disse que não queria. Até que ele, por conta própria, tirou minha palheta antiga e colocou a dele, mesmo eu dizendo para não mexer porque não queria”, detalhou.

A situação piorou depois que o semáforo abriu. Segundo ela, o homem cobrou R$ 180 pelas palhetas e pelo serviço. “A situação foi evoluindo de uma forma que ele quebrou minhas palhetas originais e botou as dele. Só no final ele disse que cobra R$ 180 pelo serviço. Eu me vi na situação que eu pagava ou dizia que não queria e saía sem palheta e ele poderia fazer alguma coisa. Eu estava sozinha”, completou.

O caso foi registrado na 10ª Delegacia de Polícia Civil, em Capim Macio. A delegada Karen Lopes falo sobre a situação e disse que o responsável já foi identificado e compareceu à delegacia. “A gente procurou identificar quem era o autor. Ele já foi ouvido”, disse.

“Estou pedindo as imagens das câmeras de segurança. Eu quero ver como foi abordagem e instruir o máximo possível esse inquérito para a gente coibir esse tipo de prática, que é tão comum em Natal”, contou a delegada.

Com receio de passar pela mesma situação novamente, a jovem contou que vai mudar hábitos no trânsito. “Agora, o que eu vejo como opção é não abrir, sob hipótese alguma, o vidro do carro e me preservar o máximo possível”, falou.

A delegada ainda destacou que as pessoas que fazem isso podem responder por uma série de crimes. A recomendação é para que os motoristas denuncie os casos o mais rápido possível.

“Você pode tipificar vários crimes. O crime de furto, no momento em que tira a palheta do carro. O crime de dano, no momento em que danifica. No caso dela, eu entendi que houve extorsão, porque ela foi coagida, sim, até pela situação dos dois, ele muito mais forte físicamente do que ela. O que a gente recomenda é chamar a Polícia Militar. Naquele momento, existe um flagrante delito, porque ele está cometendo um crime”, encerrou.

 

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