A Polícia Civil apreendeu nesta terça-feira, em ação conjunta com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), 23 armas de fogo que pertencem a Ubiratan Antonio da Cunha, presidente da UPBus que é investigado por suposto elo entre a empresa de ônibus e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com o MP-SP, integrantes da cooperativa sucedida pela Upbus procuraram a polícia após terem sido expulsos à força por Ubiratan da sede da empresa no início deste mês. O episódio teria ocorrido a despeito de ordem judicial que proíbe o presidente da empresa de frequentar o local.
Além das armas, também foram apreendidos o celular do acusado e o dispositivo de armazenamento de imagens do sistema de monitoramento da empresa. A promotoria pediu a suspensão dos registros de posse e porte de arma de fogo de Ubiratan.
O empresário é réu pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa e foi um dos alvos da Operação Fim da Linha, deflagrada em abril.
A operação teve como alvos nomes ligados à UPBus e à Transwolff, duas empresas que operam o serviço de ônibus na capital paulista. A UPBus, que recebeu no ano passado quase R$ 88 milhões da prefeitura, foi visitada no dia seguinte à operação pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), que teceu elogios à empresa.
Segundo os investigadores do MP-SP, o esquema que liga as empresas ao PCC envolve 29 grupos ligados à Transwolff e à UPBus.
Por ordem da Justiça, a cúpula das duas empresas foi afastada em abril e a prefeitura nomeou interventores ligados à SPTrans para comandar os dois grupos.
Fonte: O Globo