Plano de cotas trava, e Europa cria barreiras à entrada de refugiados

Os países da União Europeia (UE) falharam, em reunião nesta segunda (14), em aprovar um plano de emergência para abrigar 120 mil refugiados e aplacar a crise política e humanitária no continente.

O sinal mais visível da dificuldade em encontrar solução para o problema é o crescente enrijecimento dos controle das fronteiras –que, na prática, barra a entrada de novos refugiados nos países que não estão na costa.

Depois do anúncio da Alemanha de que fiscalizaria a passagem na divisa com a Áustria, no domingo, Eslováquia, Holanda, Hungria, Republica Tcheca e Polônia impuseram medidas que põem em xeque o espaço Schengen, área de livre trânsito de pessoas em vigor há 20 anos e que inclui 22 nações da UE e quatro outros países.

Os 28 ministros do Interior da UE deixaram Bruxelas nesta segunda (14) sem decisão sobre o plano que prevê distribuir em cotas por países do bloco 120 mil refugiados.

A proposta se soma ao anúncio, em maio, de que a UE distribuiria 40 mil asilos. Mesmo se executada, a ideia deixa no limbo 58% dos 380 mil refugiados que a ONU estima terem chegado neste ano à Europa pelo Mediterrâneo, a maioria vinda da Síria, país em guerra civil desde 2011.

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