Planalto oferece cargos e verbas a aliados para travar denúncia

Em meio às articulações para barrar, na Câmara, a denúncia apresentada contra ele pelo Ministério Público Federal, o presidente Michel Temer prorrogou o prazo de pagamento de emendas parlamentares impositivas referentes a 2015. O limite para o pagamento desses “restos a pagar” expirava nesta sexta-feira (30), mas foi estendido até o final de novembro.

As emendas são despesas de R$ 3,244 bilhões destinadas a programas patrocinados por deputados em seus Estados e municípios. A prorrogação foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União”. O Planalto tem atuado para garantir que a denúncia por corrupção passiva apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, seja barrada na Câmara.

O presidente de Furnas, em outro exemplo, pode ser substituído para atender a um pedido do presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), responsável por escolher o relator e comandar a primeira etapa do processo de votação da denúncia. O deputado e a bancada do PMDB de Minas reivindicam, há cerca de dois meses, a saída do atual presidente da estatal, Ricardo Medeiros. Ele foi indicado pelo partido no ano passado, mas perdeu o apoio.

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