Piloto morto após queda de avião e desaparecimento na selva é sepultado em Londrina: ‘Gostava de liberdade’

Piloto sofreu dois acidentes em 11 meses na mesma região
Piloto sofreu dois acidentes em 11 meses na mesma região — Foto: Reprodução/ Redes sociais

O piloto Otávio Augusto Munhoz, morto após a queda do avião que pilotava em Roraima, será sepultado da manhã desta quinta-feira em Londrina, no Paraná , sua cidade natal. O acidente que causou a morte de Munhoz, aos 38 anos, foi o segundo dele em cerca de um ano. Em setembro de 2022, o piloto passou 13 dias desaparecido na floresta amazônica após um acidente aéreo, também em Roraima.

De acordo com relato da irmã, Cássia Munhoz, à Polícia Civil, o acidente aconteceu dia 28 de agosto em uma região de mata. A morte do piloto só foi confirmada pelos agentes no último domingo, e as causas do acidente serão investigadas.

Munhoz atuava como piloto particular e fazia táxi aéreo na região. Em 2022, após a queda do avião que pilotava, em 27 de setembro, ele ficou 13 dias perdido e foi encontrado por um homem enquanto caminhava em busca de ajuda.

Em entrevista ao GLOBO, a irmã de Munhoz contou que, mesmo após o acidente que causou seu desaparecimento na mata por mais de 10 dias, o piloto estava pronto para voltar à ativa.

— Depois do último acidente ele já queria voltar, só precisou passar por um período de recuperação. Como em qualquer outro acidente sofrido em uma profissão, ele sabia que teria que voltar a voar e voltou bem tranquilo — contou Cássia, irmã de Munhoz.

Cássia relatou que, já na infância, o irmão gostava de esportes radicais e de fazer aquilo que ninguém mais tinha coragem. Antes de se tornar piloto, Munhoz já foi apicultor e policial militar, mas amava verdadeiramente a aviação.

— O Otávio gostava de liberdade, era um homem livre. Ele gostava de fazer coisas que não prendiam ele. Um cara muito centrado, observador — disse Cássia.

Na época do desaparecimento, a mãe do piloto relatou em entrevista ao g1 estar aliviada com o retorno do filho e que confiava que ele resistiria aos dias na mata.

— Eu sabia que ele iria resistir e resistiu, porque ele costumava carregar uma bolsa com medicamentos e alimentos — disse a mãe de Otávio Munhoz.

O piloto e pai de dois filhos era, de acordo com Cássia, o filho preferido dos pais.

— Ele era um cara muito família, visitava nossos pais com muita frequência depois de casado e era o filho preferido da minha mãe.

No último sábado, a irmã do piloto o homenageou nas redes sociais após a confirmação da morte. “Te amo meu irmão ❤️ Obrigada por ter me deixado ser a sua tati (tata). Ficamos juntos até o fim! Vai em paz!”

Fonte: O Globo

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