PGR vê fragilidades em provas usadas pela PF no caso Filipe Martins

Filipe Martins
Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência; foi preso preventivamente em 8 de fevereiro

A PGR (Procuradoria Geral da República) indicou que duas provas usadas pela PF (Polícia Federal) para basear a prisão do ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) Filipe Martins apresentam fragilidades. A informação consta em um parecer da PGR de 20 de março, assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que pede novas informações à FAB (Força Aérea Brasileira) e ao governo dos EUA.

Eis as provas apresentadas pela PF, usadas para prender Martins, que foram identificadas como frágeis pela PGR:

Com a imprecisão das informações, a PGR recomendou pela 2ª vez que Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), peça informações para outros órgãos. Leia abaixo os pedidos:

Em 14 de março, Moraes atendeu à PGR e solicitouque a Latam confirmasse o embarque de Martins no voo LA3680, que decolou de Brasília para Curitiba, em 31 de dezembro de 2022. Ele também pediu que o aeroporto de Brasília fornecesse as filmagens do embarque da comitiva presidencial em 30 de dezembro de 2022, que partiu para Orlando.

Em resposta ao 1º pedido de Moraes, a Latam confirmou o embarque de Martins para Curitiba em ofício de 19 de março. A informação foi antecipada pelo Poder360. Apesar disso, a PGR diz no parecer, assinado 1 dia depois da confirmação, que a companhia aérea não respondeu.

Já a administração do aeroporto de Brasília informou ao STF não ter as imagens dos embarques dos voos da comitiva presidencial e do LA3680 (voo de Brasília para Curitiba). No documento, a empresa diz que as filmagens das câmeras de segurança são excluídas depois de 30 dias da gravação.

Filipe Martins foi preso em 8 de fevereiro de 2024 na operação Tempus Veritatis. Na representação, a PF argumentou que o ex-assessor de Bolsonaro teria tentado fugir do país e que não sabia com exatidão seu destino e local de moradia. Alexandre de Moraes concordou e determinou a prisão.

Ele foi preso no apartamento da namorada em Ponta Grossa (PR), a cerca de 117 km de Curitiba. Encontra-se detido no Complexo Médico Penal de Pinhais (PR), o mesmo que era usado pelos presos da operação Lava Jato.

Fonte: Poder360

© 2024 Blog do Marcos Dantas. Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste site sem prévia autorização.