A PGR (Procuradoria Geral da República) apresentou nesta 2ª feira (20.mai.2024) denúncia contra 9 suspeitos de participarem de bloqueios em rodovias federais depois do resultado das eleições presidenciais em 2022.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, indicou a prática dos crimes de associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Juntas, as penas podem chegar a 18 anos de prisão.
Segundo o órgão, os denunciados participaram de bloqueios em rodovias em Santa Catarina de 30 de outubro, data do resultado da eleição, até 7 de novembro. Gonet afirma que os acusados “ostentavam faixas reivindicando o fechamento do Supremo Tribunal Federal e a decretação de intervenção militar”.
A PGR indica que houve prática de atos violentos e afirma que 3 policiais rodoviários federais relataram que foram agredidos pelo grupo ao tentarem desbloquear a via. Também indica que os acusados aparecem em vídeos gravados para convocar mais manifestantes para os bloqueios.
Dois dos acusados, Horst Bremer Júnior e Lilian Bremer Vogelbacher, teriam convocado funcionários de sua empresa, do grupo industrial Bremer, para que comparecessem aos locais de interdição. Eles teriam dispensado os trabalhadores de suas funções por 2 dias para participarem dos bloqueios. Os funcionários também foram denunciados pela PGR.
Eis o que dizem os funcionários:
A denúncia agora será analisada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Caso seja aceita pela Corte, os acusados se tornarão réus e poderão ser condenados pelos crimes imputados. O relator é o ministro Alexandre de Moraes.
Ao Poder360, a defesa de Horst e Lilian Bremem afirmou que a denúncia é um “passo natural dentro do Estado Democrático de Direito” e que tem “confiança” que as instituições reconhecerão que não houve prática de ato ilícito. Diz que os 2 “somente participaram de forma pacífica de um protesto”.
Fonte: Poder360