Petróleo sobe, apesar de dados contraditórios da China

Mão segura vidro com petróleo. No fundo um uniforme laranja
Os relatórios mensais da Opep e da AIE (Agência Internacional de Energia), publicados na semana passada, sugerem que os estoques de petróleo diminuirão no 2º semestre deste ano; na imagem, mão segura vidro com petróleo

Os preços do petróleo registravam alta nesta 2ª feira (17.jun.2024) mantendo o ímpeto da semana passada, apesar de alguns dados inconsistentes vindos da China, o principal importador mundial da commodity.

Às 12h40 de Brasília, o barril do petróleo Brent, que serve de referência mundial e para a Petrobras, avançava 0,82%, a US$ 83,29, enquanto o barril do Texas, referência nos EUA, se valorizava 0,86%, a US$ 78,70, no mercado futuro.

Os principais benchmarks do mercado encerraram a última semana com ganhos, o que não era registrado havia 4 semanas, animados pela expectativa de que a temporada de férias de verão no hemisfério Norte impulsionará a demanda por combustíveis.

Os relatórios mensais da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e da AIE (Agência Internacional de Energia), publicados na semana passada, sugerem que os estoques de petróleo diminuirão no 2º semestre deste ano, embora haja divergências sobre o nível esperado de crescimento da demanda.

No entanto, essa perspectiva otimista foi desafiada por indicadores econômicos mistos da China, sinalizando uma recuperação hesitante na 2ª maior economia global.

As vendas no varejo na China em maio superaram as expectativas, beneficiadas pelo feriado, mas a produção industrial do mesmo mês cresceu 5,6% em relação ao ano anterior, uma desaceleração em comparação ao crescimento de 6,7% em abril e abaixo das previsões de um aumento de 6%.

Além disso, a produção das refinarias chinesas de petróleo bruto diminuiu 1,8% em maio em comparação ao ano anterior, principalmente por conta de paradas para manutenção programadas e não programadas e taxas de processamento menores devido aos preços mais elevados do petróleo bruto e margens reduzidas.

As persistentes preocupações com um conflito mais amplo no Oriente Médio também contribuíram para sustentar os preços. Depois de declarações dos militares israelenses no domingo (16.jun) sobre um possível aumento significativo nas hostilidades transfronteiriças pelo movimento Hezbollah do Líbano contra Israel.

Além disso, dados semanais do Baker Hughes indicaram que o número de plataformas petrolíferas nos EUA diminuiu em 4 unidades pela 3ª semana seguida. A contagem total chegou a 488 na semana que terminou em 14 de junho de 2024.

“Esse é o menor número de plataformas ativas desde a 1ª semana de janeiro de 2022 e representa uma queda de 64 plataformas em relação ao ano passado”, disseram analistas do ING em um relatório, sinalizando uma possível redução na oferta futura.

Para esta semana não há muitos eventos programados no calendário do setor energético –só os costumeiros relatórios semanais dos estoques dos EUA pelo Instituto Americano do Petróleo e pela Administração de Informações sobre Energia.

Os investidores provavelmente também estarão atentos aos pronunciamentos de diversas autoridades do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) para tentar antecipar a direção das taxas de juros nos EUA este ano e seu possível impacto na atividade econômica da maior economia mundial.

Com informações de Investing Brasil.

Fonte: Poder360

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