Pesquisa da UFRN aponta riscos da queima artesanal da castanha de Caju

unnamedOs riscos da queima artesanal da castanha de caju no semiárido potiguar são tema de pesquisa realizada por estudante do Programa de Pós-graduação em Bioquímica do Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Marcos Felipe Galvão.

O objetivo do estudo foi realizar uma caracterização físico-química do material particulado (conhecido como MP) emitido pela queima artesanal da castanha de caju, assim como determinar o risco ocupacional e mecanismos moleculares associados. De acordo com o pesquisador, o Brasil configura-se entre os maiores produtores de castanha de caju do mundo. Contudo a queima da castanha ainda é realizada de forma artesanal, sobretudo no semiárido brasileiro.

“A região semiárida do Brasil é caracterizada por uma estação chuvosa curta anual e longos períodos de forte seca. Nesse contexto, o beneficiamento artesanal da castanha de caju é uma alternativa socialmente e financeiramente viável, pois além de poder ser desenvolvida por todos os membros de uma família, é um produto facilmente comercializável”, destaca o pesquisador.

Marcos Felipe ressalta que a falta de assistência aos trabalhadores, a informalidade da atividade e a falta de conhecimento a respeito das condições nas quais ocorre a queima da castanha de caju dificultam o controle dos potenciais efeitos nocivos associados a esse tipo de atividade.

Para o pesquisador, são necessárias medidas urgentes como a organização dos trabalhadores em associações e cooperativas, a viabilização de projetos de mini-fábricas com sistemas de exaustão coletiva que eliminam os poluentes atmosféricos, o uso de equipamentos de proteção individual, como luvas e máscara, bem como a melhoria no sistema de saúde da comunidade devem ser tomadas para o desenvolvimento sustentável da atividade.

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